A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra pediu ontem uma reunião com “caráter de urgência” ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, face à demora no restabelecimento da circulação do IP3.
Num comunicado enviado à agência Lusa, a CIM da Região de Coimbra mostrou-se “preocupada com a demora no restabelecimento da circulação do Itinerário Principal (IP) 3, que está cortada no sentido Coimbra-Viseu, em Penacova, devido ao deslizamento do talude, resultado do mau tempo ocorrido há três semanas”.
Nesse sentido, a Comunidade Intermunicipal pediu “uma reunião com caráter de urgência ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos”.
No comunicado, a CIM da Região de Coimbra recordou ainda que, além do desabamento ocorrido há três semanas, está a decorrer uma empreitada “na principal estrada de ligação entre Coimbra e Viseu”, que começou no verão de 2019.
“Para a realização dos trabalhos previstos na empreitada, houve necessidade de implementar condicionamentos de tráfego, com supressão de vias, mantendo-se, nesta fase, o tráfego em circulação em uma via em cada sentido”, lembrou.
Também ontem, a CIM de Viseu Dão Lafões exigiu o restabelecimento urgente da circulação no IP3.
“Reclama-se, com absoluto caráter de urgência, o restabelecimento da circulação integral no IP3, mobilizando-se, para o efeito, todos os meios necessários para que isso ocorra de imediato”, disse hoje o presidente da CIM, Rogério Abrantes, em conferência de imprensa.
Rogério Abrantes frisou que o deslizamento do talude no IP3 – que não foi consequência das obras de requalificação em curso, mas sim do mau tempo – interrompeu “a circulação desta via estrutural, insubstituível, numa primeira fase com o corte total da via e, desde há duas semanas, com o corte da circulação no sentido Souselas-Penacova”.
Para os autarcas dos 14 concelhos que integram a CIM Viseu Dão Lafões, é inadmissível que não se conheça “o calendário existente para o restabelecimento, integral, da circulação rodoviária”.
O responsável da CIM disse ainda que as últimas intempéries “vieram colocar a descoberto um conjunto de problemas existentes em diversas infraestruturas que se encontram sob a tutela do Governo”, de que são exemplo as estradas nacionais 2 e 228.