PSD vence em Viseu, mas conquista mesmo número de deputados do PS

PSD e PS conseguiram ontem eleger quatro deputados cada no distrito de Viseu, enquanto o CDS-PP perdeu o seu representante na Assembleia da República, ao ser a quarta força política mais votada neste círculo eleitoral.

Nas legislativas de 2015, a coligação Portugal à Frente tinha conseguido eleger seis deputados (cinco do PSD e um do CDS-PP), o que levou o líder da distrital do CDS-PP, Hélder Amaral, até ao Parlamento.

Apesar de, durante o período oficial de campanha, Assunção Cristas ter apostado em fazer passar a caravana do partido por Viseu, onde Hélder Amaral se recandidatou, o CDS-PP não foi além dos 5,89% dos votos, ficando atrás do BE.

O BE obteve 7,86% dos votos, uma percentagem superior à conseguida em 2015 (6,72%), mas que não foi suficiente para colocar o tão desejado deputado na capital do país.

Durante a campanha, o presidente do PSD, Rui Rio, tinha deixado o desejo de ver renascer o “cavaquistão”, num distrito que deu grandes vitórias ao partido no tempo de Cavaco Silva.

O PSD acabou por ser a força política mais votada, com 36,26% dos votos, mas seguida de perto pelo PS, com 35,35%, o que levou à conquista do mesmo número de deputados.

Em 2015, a coligação Portugal à Frente tinha obtido 51,05% dos votos (seis deputados) e o PS 29,65% (três deputados).

Depois da derrota nas eleições europeias de maio passado, o PSD conseguiu hoje voltar às vitórias na capital de distrito, com uma lista encabeçada por Fernando Ruas.

O histórico autarca social-democrata, de 70 anos, ocupou durante 24 anos (entre 1989 e 2013) o cargo de presidente da Câmara de Viseu, assumiu a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) entre 2002 e 2013 e foi eurodeputado, indo agora sentar-se nas cadeiras da Assembleia da República.

Também João Azevedo, de 44 anos, que encabeçou a lista do PS, vai mudar de ares, trocando Mangualde, onde era presidente da Câmara desde 2009, por Lisboa.

Depois das eleições de hoje, o círculo eleitoral de Viseu passará a ser representado por Fernando Ruas, Pedro Alves, Carla Antunes e José Lima, do PSD, e por João Azevedo, Lúcia Araújo Silva, João Paulo Rebelo e José Rui Cruz, do PS.

Vinte partidos e movimentos apresentaram listas de candidatos a deputados pelo círculo de Viseu, sendo que apenas seis conseguiram acima de um por cento dos votos. O quinto mais votado foi o PCP/PEV (2,30%), seguido do PAN (2,12%).

Comparando com o número de eleitores das últimas legislativas, realizadas em 04 de outubro de 2015, Viseu perdeu perto de 24 mil eleitores, o que levou à redução de nove para oito mandatos de deputado.

Em 2018, nos 24 concelhos do distrito, residiam em média 355.969 pessoas, segundo o portal de análise de dados estatísticos Eyedata, e, em 2011, o Instituto Nacional de Estatística (INE) contabilizava 377.653 pessoas.

De acordo com o Eyedata, no ano passado, a taxa da população residente com menos de 15 anos era de 11,78% (a nacional era de 13,77%), enquanto a de habitantes com 65 ou mais anos era de 24,62% (a nacional era de 21,67%).

O distrito tem vindo a perder população em todos os concelhos, mesmo naqueles que registam maior desenvolvimento económico.

Situado no “coração” de Portugal e servido por duas autoestradas, a A24 e a A25, o distrito de Viseu concentrava, em 2015, um valor de 76,37 do índice de poder de compra ‘per capita’, que em Portugal era de 100,22, segundo o portal Eyedata.

O ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era de 894,89 euros em 2016, abaixo dos 1.108,56 verificados a nível nacional.

Em 2018, o distrito tinha 6,54% de desempregados inscritos, quando a nível nacional esta taxa era de 5,54%.

No entanto, vários concelhos do distrito registavam valores perto do nacional e até abaixo, como Mangualde (5,60%), Nelas, (5,30%), Viseu (5,30%), Oliveira de Frades (4,50%), Tondela (3,40%) e Mortágua (2,80%).

Apesar de Viseu ser um distrito marcadamente rural, nele situam-se algumas das maiores empresas da Região Centro, como a PSA e a Sonae Arauco (Mangualde), a Luso Finsa (Nelas), a Visabeira (Viseu), a Martifer (Oliveira de Frades), a Labesfal e a Huf (Tondela) e várias farmacêuticas em Mortágua.

 

 

Lusa

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