O presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva disse hoje que o edifício municipal afeto à GNR será requalificado, com obras de cerca de 600 mil euros, onde os militares deverão regressar daqui a dois anos.
“O edifício onde a GNR sempre esteve instalada está muito degradado e a precisar de muitas obras e o meu antecessor já tinha retirado os militares para um espaço provisório, tendo em conta a falta de condições do quartel”, afirmou Paulo Marques.
À agência Lusa o autarca de Vila Nova de Paiva, no distrito de Viseu, esclareceu ainda que o edifício em causa é propriedade do município e o projeto de requalificação “já está a ser trabalhado há algum tempo”.
“O projeto esteve com algumas dificuldades para aprovação da arquitetura, entre o Ministério [da Administração Interna] e os nossos serviços, mas conseguimos fechar essa questão, no ano passado, e atualizámos os valores da requalificação”, contou.
Segundo um comunicado do Ministério da Administração Interna (MAI), esta quarta-feira, foram publicadas, em Diário da República, portarias que autorizaram a secretaria-geral do MAI a assumir os encargos orçamentais relativos à construção e reabilitação de várias infraestruturas da PSP e GNR.
Assim, especificou o comunicado, estas portarias, entre outras, permitirão a reabilitação de dois postos territoriais da GNR, um em Oliveira do Bairro (distrito de Aveiro) e outro em Vila Nova de Paiva (Viseu).
“Para a concretização destes investimentos, num valor global superior a 8,5 milhões de euros, a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna assinará, muito em breve, contratos interadministrativos com os municípios para a promoção das empreitadas”, referiu o documento.
Neste sentido, Paulo Marques afirmou que espera a assinatura do contrato com o MAI para avançar para o concurso e, depois, seguir para a obra, mas disse esperar que “em dois anos os militares possam regressar ao quartel onde sempre estiveram”.
Segundo o autarca, “é uma empreitada de 590.518 euros, mais IVA, que vai requalificar quase na totalidade o edifício” de onde os militares da GNR “saíram há mais de dois anos, já por falta de condições e, com o tempo, tem-se deteriorado”.
“Por natureza é um edifício para a GNR. Está num espaço nevrálgico, no centro da vila, junto aos cafés, perto das escolas, muito mais visível, sem estar tão escondido e criará mais respeito pela autoridade e pelo cumprimento das regras”, defendeu Paulo Marques.