Os trabalhos de sondagens geológicas na zona onde surgirá o futuro Centro de Artes e Espetáculos de Viseu, que tem um custo estimado de 15,5 milhões de euros, arrancam na terça-feira, anunciou hoje a autarquia.
Segundo a Câmara Municipal de Viseu, “depois de aprovada a elaboração do projeto de execução no final de outubro”, estão reunidas as condições para “dar os primeiros passos no terreno, com o arranque dos trabalhos de sondagens geológicas”, que deverão prolongar-se até ao final do mês.
A intervenção irá incidir no parque de estacionamento, onde está instalada a Área de Serviço de Autocaravanas de Viseu, entre a Avenida da Europa e a Rua Adelino Azevedo Pinto.
Numa primeira fase, as sondagens irão centrar-se na zona fora da delimitação do parque, onde não existem lugares de estacionamento, e, posteriormente, irão estender-se à própria zona do parque de estacionamento.
Com a construção do Centro de Artes e Espetáculos de Viseu, o município pretende “disponibilizar um novo espaço cultural, adequado às necessidades do concelho, com vista a responder às áreas da cultura, das artes e dos espetáculos”, e que seja complementar ao atual pavilhão multiusos.
“Tratando-se de uma obra que requer um investimento avultado, a autarquia encontra-se a trabalhar num conjunto de soluções para obtenção de financiamento para a mesma, nomeadamente no âmbito de uma operação urbanística prevista para esta zona da cidade”, referiu.
No final de outubro, a elaboração do projeto de execução foi aprovada pelo executivo camarário liderado por Fernando Ruas (PSD), com a abstenção dos quatro vereadores socialistas.
Na altura, o autarca disse aos jornalistas que, paralelamente ao projeto, o executivo está a trabalhar para arranjar dinheiro para a obra, no âmbito da operação urbanística prevista para aquela zona da cidade.
“É um investimento caro e a Câmara vai ter que disponibilizar capitais próprios, que estamos neste momento a garantir”, frisou.
Em agosto de 2020, o executivo então liderado por Almeida Henriques (PSD) tinha aprovado o financiamento do Viseu Arena (que representava um investimento total de 6,4 milhões de euros), para que a cidade pudesse vir a ter a maior sala de espetáculos e recinto multiúsos do centro do país. Teria uma capacidade superior a 5.500 espetadores e uma arena de 2.500 metros quadrados.
Durante a campanha para as eleições autárquicas, Fernando Ruas – que já tinha sido presidente da Câmara entre 1989 e 2013 – deixou claro que pretendia retomar o projeto do Centro de Artes e Espetáculos de Viseu, considerando-o muito necessário para a cidade.