O PAN, Pessoas-Animais-Natureza, voltou a alcançar resultados surpreendentes eleições de ontem, marcando a história da política e da sociedade portuguesa. Nas 32 candidaturas às Autárquicas 2017, o PAN elegeu 26 deputados municipais.
Face aos resultados das Legislativas de 2015, o PAN obteve mais 10.369 votos nas Câmaras Municipais em que concorreu em 2017, significando uma variação de 1,18% e uma evolução de 70%. Face aos resultados das Legislativas de 2015, o PAN obteve mais 29.923 votos nas Assembleias Municipais em que concorreu em 2017, significando uma variação de 2,08% e uma evolução de 129%.
O partido conseguiu eleger deputados municipais em todos os 15 concelhos do distrito do Porto e de Lisboa aos quais concorreu. Em Lisboa, duplicou a representação na Assembleia Municipal, tendo alcançado dois deputados. O número de votos alcançados nas Assembleias Municipais dos 32 concelhos (72.673) é semelhante ao resultado obtido em todo o território nacional nas Legislativas de 2015 (75.140).
Na corrida às Câmaras e Assembleias Municipais, o PAN teve resultados mais expressivos que BE, CDS ou CDU em vários concelhos, nomeadamente Leiria, Loures, Almada, Setúbal, Barreiro, Seixal, Albufeira ou Horta. O partido elegeu ainda deputados municipais em todos os concelhos com tradição tauromáquica, com resultados bastante expressivos: Vila Franca de Xira (4,56%), Moita (4,28%), Seixal (4,84%) e Albufeira (4,59%).
“Estes resultados demonstram que o PAN está a protagonizar uma alteração de consciências e que cada vez mais pessoas se revêm na mensagem de que não é aceitável perpetuarmos uma tradição que vive à custa de dinheiros públicos e do sofrimento e morte de animais”, reforça André Silva, Deputado do PAN e porta-voz do partido.
Na noite eleitoral houve uma total ausência de cobertura televisiva, depois de uma já desproporcional cobertura mediática da campanha do PAN ao longo destas eleições. Este facto tende a espelhar o atual estado da comunicação social na edificação da democracia portuguesa. É indiscutível que os meios de comunicação social desempenham um papel relevante no espaço público e na participação e literacia política, mas os critérios subjacentes à hierarquização e seleção dos conteúdos apresentados à opinião pública estão longe de ser consensuais ou claros. Se, a evolução e o amadurecimento das instituições democráticas estão diretamente relacionados com a imparcialidade e objetividade dos meios de comunicação social, o exemplo da cobertura destas eleições deve preocupar a todos.
O PAN reforça que, enquanto partido que chega acima dos 4% de participação política ativa em muitos municípios, é não só um fenómeno de crescimento e de consolidação eleitoral, como também é dotado de uma já significativa relevância social à qual é precisa ser dada a devida voz, quebrando o hábito de reforço das tendências dominantes na sociedade.
Naíde Müller