Mais de 150 funcionários do Forum Viseu querem horário de lojas ajustado à procura

Mais de 150 funcionários das lojas do centro comercial Forum Viseu fizeram chegar à administração um documento a defender o reajustamento do horário de funcionamento à realidade do espaço, designadamente abrindo e encerrando mais cedo.

“A nossa vontade não é deixar de trabalhar ou trabalhar menos horas. Nós gostávamos é que o horário fosse ajustado à realidade do Forum, que é um centro comercial no centro da cidade”, disse à agência Lusa Lurdes Martins.

A trabalhar no Forum Viseu há mais de 10 anos, esta trabalhadora especificou que “quando as lojas abrem, às 10:00, já há pessoas à espera e ao final do dia circula uma ou outra nos corredores, mas nem dá para chamar clientes, porque andam a passear”.

“O centro nem se quer tem um espaço de restauração, que é um atrativo para as pessoas jantarem. Tem três balcões de ‘fast-food’, que servem quem vai ao cinema ou de desenrasque a alguém que passa perto do centro comercial”, considerou.

Neste sentido, defendeu que “o ideal” seria “as lojas abrirem uma hora mais cedo e fecharem uma hora mais cedo”, uma vez que que “pessoas há sempre, mas não são clientes”.

“São aquelas pessoas que, se o centro comercial estivesse aberto à meia-noite ou à uma ou duas da manhã, também passariam, porque há sempre alguém que passa, mas não são clientes”, sustentou.

Isto porque “o que é certo é que depois ninguém vende e há lojas que têm objetivos e esses objetivos não são cumpridos e isso é prejudicial para os funcionários e para os donos das lojas, ou seja, para todos, até para o centro comercial”.

Lurdes Martins falava à agência Lusa a propósito de um abaixo-assinado que reuniu 156 assinaturas, “em sensivelmente três dias, logo a seguir ao domingo de Páscoa”, que foi entregue à administração no sentido de o centro comercial estar fechado nesse dia.

“Todos os anos é a mesma coisa, não há quase ninguém a circular no centro no domingo de Páscoa e, na nossa opinião, não faz sentido estarmos abertos o dia todo, como se se tratasse de um domingo normal”, alegou.

Argumentos que Tiago Resende, que entregou o documento na administração do Forum Viseu, também defendeu, em declarações à agência Lusa, corroborando que “não existe abertura [por parte dos responsáveis] ao diálogo para ouvir os trabalhadores”.

“Não foram só trabalhadores de lojas que assinaram, há também gerentes de lojas que assinaram. No domingo de Páscoa fomos dos poucos espaços comerciais do país em funcionamento até às dez da noite [22:00]”, afirmou Tiago Resende.

Contactada pela agência Lusa, a diretora geral do Forum Viseu afirmou que o centro comercial “não tem qualquer contrato de trabalho com os funcionários das lojas, existindo sim uma relação contratual entre o centro e a loja”.

“A questão dos horários é um assunto que deve ser tratado junto das respetivas entidades patronais e as entidades patronais é que deverão falar connosco se assim o entenderem”, acrescentou Catarina Mané.

Esta responsável disse ainda que “o Forum Viseu dispõe de espaços próprios para tratar de todos e quaisquer assuntos relacionados com os interesses gerais do Centro Comercial e das lojas, sendo que a participação nos mesmos é aberta aos detentores dos contratos das lojas (lojistas) ou aos funcionários das lojas, desde que os mesmos estejam devidamente autorizados para tal por parte da sua entidade patronal”.

À agência Lusa, disse ainda que o Forum “registou milhares de entradas no domingo de Páscoa” e “o ‘feedback’ de alguns lojistas é que foi melhor do que era esperado” para este dia.

“No domingo de Páscoa tínhamos o único supermercado aberto na cidade, porque nós, enquanto centro comercial, funcionamos como espaço integrado e as decisões têm de ser tomadas dessa forma, como um espaço integrado”, defendeu.

Catarina Mané reconheceu que as assinaturas (156) no abaixo-assinado “são expressivas, mas não são unânimes” nas atuais 48 lojas que integram o Forum Viseu e salvaguardou que “nem que fossem só duas, [as opiniões] já seriam respeitadas”.

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