Todas as famílias já lidaram com o cancro. Esse terrível imperador do mal que não escolhe géneros, idades, estratos sociais ou raças e só em Portugal mata 70 pessoas por dia, o que significa 3 por hora! Há 50 mil novos casos da doença por ano no país. A Liga Portuguesa Contra o Cancro estima que haja 350 mil sobreviventes de cancro em Portugal.
Nos países em desenvolvimento estima-se que o número de casos duplique. O sofrimento que os doentes oncológicos passam e quem com eles partilha a vida é imensurável. Lidar com este infortúnio é das maiores dificuldades – se não a maior, que o Ser Humano tem. Que “desenvolvimento” é este?!
Na generalidade, afirmam os psicólogos, o cancro é vivido num absoluto silêncio de emoções e os familiares e amigos dos doentes diagnosticados com cancro também necessitam de ajuda emocional. Estudos revelam que esta doença afeta não só a vida dos doentes, que sofre alterações em todos os domínios, físico, psicológico e social, mas também a dos seus familiares mais próximos.
O valor da vida humana é desvalorizado em relação ao dinheiro. Existe na sociedade a convicção que o negócio se sobrepõe à saúde. “As grandes farmacêuticas opõem-se à substituição de combinados já aprovados bem mais baratos por fármacos mais caros” assinala Chris Sander pai da bioinformática , referindo que as mesmas “fizeram grandes contribuições para curar o cancro, mas não estão interessadas em fazer ensaios clínicos se não têm oportunidade de ganhar uma grande quantia de dinheiro”.
Os líderes políticos mundiais deviam definir prioridades e a obrigatoriedade de se cumprirem acordos no que diz respeito ao Ser Humano e ao Meio Ambiente. A vida é o que de mais importante temos e todos unidos podemos dar uma qualidade de vida a muitos amigos que não a conseguem ter por falta de coragem política, a nível mundial.
O Dia Mundial de Luta Contra o Cancro celebra-se anualmente no dia 4 de fevereiro. O objetivo do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro é desmistificar algumas das ideias pré-concebidas sobre o cancro e informar sobre os fatos reais da doença. Nunca é demais trabalharmos para o bem estar comum.
A celebração deste dia baseia-se na Carta de Paris, aprovada em 4 de fevereiro de 2000, na Cimeira Mundial Contra o Cancro para o Novo Milénio. A Carta apela à aliança entre investigadores, profissionais de saúde, doentes, governos e parceiros da indústria no âmbito da prevenção e do tratamento do cancro.
Abraço solidário.
Vítor Santos