O antigo edifício do Orfeão de Viseu, situado no centro histórico da cidade, e alvo de requalificação, vai receber a universidade sénior, revelou hoje o presidente da Câmara Municipal.
“Quem comprou o [edifício] Orfeão fui eu, no anterior mandato. As obras começaram antes de regressar à Câmara e somos nós agora que o vamos concluir. Está concluído e vamos agora passar para lá a universidade sénior”, disse Fernando Ruas.
O presidente da Câmara de Viseu falava na sessão ordinária da assembleia municipal, depois de o deputado socialista, João Paulo Rebelo, ter enumerado obras municipais que ainda não estavam concluídas, passado ano e meio.
O centro de mobilidade “é mais paradigmático, foi adjudicado em 18 de setembro de 2019, faz hoje quatro anos, e dá impressão que não estará para abrir em breve”, tal como “a cereja no topo do bolo”, que é o edifício para as Águas de Viseu.
“Adjudicado em 05 de agosto de 2021 e nem sei se as obras já começaram. Tarjas, essas, já foram requalificadas quatro ou cinco vezes, agora obra (…). Se estas derrapam assim, então também temos de ser compreensivos com derrapagens no tempo com obras como as do IP3 ou da ferrovia”, apontou.
Em resposta, Fernando Ruas realçou que as obras enumeradas pelo socialista “foram herança” do anterior presidente [Almeida Henriques] e disse que “com esse tipo de acusação nem resposta” ia dar, apesar de ter falado da do Orfeão.
“Herdei as obras, algumas até assumi o meu desacordo, mas dei-lhes continuidade. Não tive responsabilidade nestas obras, mas é evidente que respondo por elas, como os governos deviam responder uns pelos outros”, apontou o autarca social-democrata.
Na reunião de hoje foi ainda aprovado por unanimidade o regulamento municipal de cargas e descargas de mercadorias no interior da circunvalação e o autarca prometeu “fiscalização apertada” para “acabar com os constrangimentos de trânsito” em algumas vias do centro.
Foi ainda aprovado por unanimidade um voto de pesar, apresentado por João Paulo Rebelo, pela morte, em julho, aos 60 anos, do jornalista José Guilherme Lorena que, apesar de ter nascido no Alentejo, “fez de Viseu a sua cidade”.
Fernando Ruas assumiu que o seu nome “fará parte da toponímia de Viseu” já que vai “atribuir a uma rua da cidade” o nome do jornalista José Guilherme Lorena que trabalhou, a partir de Viseu, para meios como o Jornal de Notícias, o Público ou a agência Lusa.