O atual vice-presidente da Câmara Municipal de Sátão, Alexandre Vaz, é o candidato do PSD à liderança municipal, lugar que ocupou entre 2005 e 2017, porque quer continuar a trabalhar para o desenvolvimento do concelho.
“Gosto de estar na vida pública, porque entendo que, apesar de estar um pouco desgastado na imagem, continuo a ter forças para gerir a câmara municipal e espero continuar a trabalhar para que o Sátão desenvolva mais e melhor”, argumentou Alexandre Vaz.
Em declarações à agência Lusa, o candidato social-democrata, explicou que o objetivo passa por “dar continuidade aos projetos em mãos” e a título de exemplo falou nas obras de acessos rodoviários, “essenciais para uma melhor circulação” no município e para os concelhos vizinhos.
Há também projetos iniciados a que quer dar continuidade, como é o caso da zona industrial que Alexandre Vaz disse ter sido criada sob a sua presidência e, atualmente, “estão vendidos cerca de 40%” dos lotes.
“Neste momento impõem-se, sobretudo, a criação de um gabinete ao investidor para incentivar e apoiar os empresários a instalarem-se naquele parque para a criação de emprego e dinamização do concelho”, apontou.
Tendo em conta “a população muito idosa” do concelho, Alexandre Vaz também tem em cima da mesa “a criação de uma universidade sénior, que é muito importante e justifica plenamente o projeto a implementar” no município.
“A câmara tem uma situação económica muito folgada, trabalhámos sempre com atenção à parte económica e, neste momento, a situação é muito benéfica e vamos trabalhar sobretudo a parte social”, prometeu.
Neste sentido, explicou que o foco são “os alunos, os jovens e as crianças” e para que a autarquia “possa ajudar mais e ir mais longe no apoio, o regulamento existente de apoio às famílias vai ser mudado”.
“Também vamos ouvir a população e ver quais são as grandes preocupações e anseios das pessoas para ver o que é melhor para o concelho dE Sátão, até porque vem aí o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e nós queremos estar preparados para isso e nós já temos experiência de outros quadros comunitários”, apontou.
Médico de clínica geral, começou a exercer em 1980, em Viseu, depois mudou para o então Hospital do Avelal, no seu concelho, hoje um lar de idosos, e mais tarde, o chamamento político falou mais alto.
“Dediquei-me à política e faço as coisas com amor, porque gosto daquilo que faço e a razão da minha candidatura é também essa, porque me sinto capaz de continuar a trabalhar pelo bem-estar dos cidadãos”, sublinhou.
Aos 68 anos e com três filhas formadas, no seu currículo, além da medicina, tem a presidência da Câmara de Sátão que conquistou, pela primeira vez, em 2005, e novamente em 2009 e em 2013, e saiu “por causa da limitação de mandatos”, ficando na vice-presidência de Paulo Santos, que é o atual presidente, que não se recandidata.
O atual presidente, em 2017, conquistou, pelo PSD, quatro mandatos, com 47,65% dos votos, e o grupo independente de cidadãos Pela Nossa Terra (PNT) que, nesse ano, contou com o apoio do PS e do CDS-PP, conquistou três mandatos, ao alcançar 38,10%. Na altura, havia 13.824 pessoas inscritas e votaram 55,51% dos eleitores.
Nestas eleições, marcadas para 26 de setembro, concorrem também à presidência da Câmara Municipal de Sátão Carlos Miguel, pelo Chega, Vítor Figueiredo, pelo PS, e Sandra Chaves, pela CDU.