O FC Porto chegou em ritmo de ‘passeio’ à sua 31.ª final da Taça de Portugal em futebol, ajudado por sucessivos sorteios ‘simpáticos’, que não lhe colocaram nenhum obstáculo complicado pelo caminho.
Rumo a Coimbra, que substitui o Jamor devido à pandemia da covid-19, os ‘dragões’ só enfrentaram dois adversários da I Liga, e em casa, o Santa Clara (nono) e o Vitória de Setúbal (16.º), defrontando uma maioria de adversários de escalões inferiores.
Depois de superar os açorianos nos ‘oitavos’, o conjunto de Sérgio Conceição conseguiu evitar todos os primodivisionários, defrontando os ‘secundários’ Varzim (quartos de final) e Académico de Viseu (meias-finais).
Face aos caprichos do sorteio, o técnico portista teve a possibilidade de ir improvisando, fazendo com que o ‘onze base’ tenha na sua composição Diogo Costa, Diogo Leite, Mbemba, Loum ou Zé Luís, que não ‘couberam’ no da I Liga.
O jovem guarda-redes Diogo Costa, habitual suplente do argentino Marchesín no campeonato, foi mesmo totalista (540 minutos), tal como o defesa Manafá, que cumpriu três jogos como lateral direito e outros tantos como lateral esquerdo.
Em matéria de golos, cinco jogadores marcaram dois – os mesmos sofridos por Diogo Costa -, entre eles o ‘menino’ Fábio Silva, acabado de completar 18 anos. Também ‘bisaram’ o central Mbemba e os avançados Luis Díaz, Zé Luís e Soares.
A ‘aventura’ portista na Taça começou em 19 de outubro de 2019, no reduto do Coimbrões, da Série B do Campeonato de Portugal, com uma goleada por 5-0, selada com tentos de Luis Díaz (dois), Soares, Mbemba e Fábio Silva.
Na quarta ronda, o adversário foi o Vitória de Setúbal e, no Dragão, o jogo acabou em 4-0, com Mbemba e Fábio Silva a voltarem a faturar, já após a expulsão de André Sousa (32 minutos), numa goleada fechada com um autogolo de Jubal e um tento de Marega.
Os ‘oitavos’ voltaram a trazer ao Dragão um primodivisionário e o FC Porto sentiu mais dificuldades, vencendo pela margem mínima, graças a um golo do japonês Nakajima (29 minutos), que viveu uma primeira época de ‘azul e branco’ bem complicada.
Seguiu-se, nos quartos de final, o Varzim, na II Liga, que deu luta no Dragão, mas acabou derrotado por 2-1, com Marcano a decidir, aos 41 minutos, depois de Hugo Gomes ‘anular’, aos 36, o tento inaugural de Soares.
Nas meias-finais, a duas mãos, o FC Porto enfrentou novo conjunto secundário, o Académico de Viseu, e começou a desenhar o apuramento com um empate fora a um golo. Zé Luís adiantou os ‘dragões’ e João Mário restabeleceu a igualdade.
A qualificação para a final decidiu-se no Porto e os comandados de Sérgio Conceição não tiveram grandes dificuldades, com um triunfo por 3-0, materializado com um penálti de Alex Telles e tentos de Zé Luís e Sérgio Oliveira.
No total, o conjunto ‘azul e branco’, que utilizou 24 jogadores, somou cinco vitórias e um empate, com 16 golos marcados e apenas dois sofridos.
Benfica e FC Porto defrontam-se no sábado, pelas 20:45, na final da 80.ª edição da Taça de Portugal, no Estádio Cidade de Coimbra, e não no Jamor, devido à pandemia da covid-19, também responsável pela ausência de público nas bancadas.