João Azevedo (PS) acredita que afirmará concelho com "projeto diferente"

Uma carreira dedicada às funções públicas e políticas, muito ligadas à resolução de problemas dos territórios, leva o socialista João Azevedo a acreditar que poderá vencer as autárquicas em Viseu e “afirmar o concelho com um projeto político diferente”.

Encorajado pelo bom trabalho que considera ter feito na Câmara de Mangualde, o atual deputado da Assembleia da República, de 46 anos, acredita reunir as condições necessárias para afastar o PSD do poder.

Entre 1997 e 2019, João Azevedo – que é formado em Educação Física e pós-graduado em Administração e Planificação da Educação – desempenhou funções como a de adjunto do governador civil de Viseu e de assessor do grupo parlamentar do PS e do secretário de Estado da Administração Marítima e Portuária.

“Fiz um percurso degrau a degrau, aprendendo sempre com as pessoas com quem trabalhei”, sublinha o deputado, que tinha como maior referência da sua vida pessoal e política Jorge Coelho, ministro de governos de António Guterres e que morreu em abril.

Também no partido ocupou vários lugares, desde militante de base até vice-presidente da mesa e presidente da concelhia de Mangualde e da Federação Distrital. Atualmente, é secretário nacional adjunto do PS.

João Azevedo orgulha-se de, quer nas funções públicas, quer nas políticas, nunca ter saltado etapas e aponta como um dos momentos de maior reconhecimento o facto de ter sido eleito presidente do Conselho Regional do Centro.

“Se não fosse o reconhecimento dos pares, não teria sido o presidente de um território mais pequeno [Mangualde] a ser eleito”, considera.

O facto de também ter sido vogal do Turismo Centro de Portugal, vice-presidente da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões e da Associação Desenvolvimento do Dão, e membro efetivo do Comité das Regiões na União Europeia permitiu-lhe acompanhar vários dossiês ligados ao desenvolvimento do território no país e na Europa.

“Tive uma série de funções que me deram muita experiência política, profissional e pessoal”, sublinha.

João Azevedo era presidente da Câmara de Mangualde desde 2009, tendo deixado um mandato a meio, em 2019, para assumir o cargo de deputado na Assembleia da República, ao qual se candidatou como cabeça de lista do PS no distrito de Viseu.

Conta que herdou “uma Câmara completamente falida, descaracterizada, sem marca, sem força política”, mas que a sua equipa conseguiu “transformar Mangualde num concelho com marca e com força política”.

“Quando deixei de ser autarca, e apesar da minha idade, era o autarca em exercício com mais anos de prática autárquica”, afirma.

Agora, o desafio é a capital de distrito, “um concelho com cerca de cem mil pessoas, muito forte em termos demográficos, que tem uma massa crítica muito forte”.

“Portanto, temos de ter um autarca que seja o rebocador, que consiga puxar por esta terra de uma forma ágil, rápida, eficaz, educada. Que seja próximo de quem decide e que tenha a capacidade de poder explicar aos decisores políticos a nível nacional e internacional que este território tem todas estas características e que, portanto, tem de ter investimento”, sublinha.

No seu entender, “isso só se faz com grande conhecimento dos dossiês e com humildade”.

O candidato socialista entende que “os territórios não devem ser geridos por pessoas que acham que sozinhas resolvem os problemas” e, por isso, congratula-se por sempre ter tido “excelentes relações com quem esteve no Governo, sendo mais à direita ou mais à esquerda”.

Em Mangualde, João Azevedo foi derrotado nas autárquicas de 2005 e, por isso, já foi da oposição e do poder, sabendo bem “o que é estar de um lado e estar do outro”.

“O vereador da oposição tem um papel determinante, porque faz com que o poder seja mais qualificado, esteja mais atento, mais preparado. Mas não quero ter esse ‘déjà vu’. Quero ser presidente da Câmara de Viseu para poder ajudar o território de Viseu”, acrescenta.

No seu entender, “Viseu tem condições naturais para ser a grande referência deste território”, mas “politicamente desceu de divisão e tem de voltar à primeira divisão”.

Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD conseguiu 51,74% dos votos (seis mandatos) e o PS 26,46% (três mandatos).

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