Festival Outono Quente em Viseu recebe em outubro 47 artistas de 17 companhias

O festival Outono Quente, em Viseu, vai acolher 47 artistas de 17 companhias, três delas internacionais, numa edição marcada por quatro estreias, uma delas da Zunzum – Associação Cultural que organiza o festival, anunciou hoje a sua presidente.

“Estão connosco 17 companhias, três internacionais, 10 nacionais e quatro locais, com 14 especialistas e 47 artistas que se juntam à comunidade para partilhar cultura, arte e outras perspetivas em 52 atividades, quatro delas estreias”, contabilizou Isabel Legoinha, presidente da direção da Zunzum – Associação Cultural.

Isabel Legoinha falava na apresentação aos jornalistas da 12.ª edição do Outono Quente, a decorrer entre 04 e 08 de outubro, sendo que este ano, disse, o festival estende-se “pela primeira vez” para fora do Parque Aquilino Ribeiro, na sede de trabalho da Zunzum.

Para o parque da cidade está agendado para o primeiro dia, 04 de outubro, “uma estreia da Zunzum, com ‘Panela de ferro’, seguido de um concerto na capela do parque Aquilino Ribeiro e, à noite, há um concerto com ‘Histórias da mulher que lia’”.

No dia 05 de outubro, o parque acolhe “o “Titiriscopio”, da Arawake, um espetáculo de marionetas e hologramas “em formato pequenino que tem tudo aquilo que um teatro em formato grande tem, e vai haver sessões ao longo de todo o dia”.

“Também para a infância a Fértil Cultural apresenta ‘Cordão’ e, ao longo do dia de feriado, haverá ainda oficinas para os mais novos e famílias e o nosso projeto ComUnidade que é tão importante para nós”, realçou a responsável da associação.

Isabel Legoinha destacou ainda, no feriado, a “estreia de Viseu” no festival, por ser do coletivo Gira Sol Azul, “e uma estreia em Viseu, porque é a primeira vez que apresentam ‘Canto Medo Espanto’ fora da Casa da Cultura, o que é um orgulho” para a Zunzum.

Este ano, após a interrupção devido à pandemia de covid-19, é retomado o “Outono Quente Para Todos” com a ida ao hospital pediátrico e a um lar da terceira idade, com duas criações da Zunzum: “Trupe de Histórias” e “No tempo da menina dos cabelos brancos”.

Para as escolas, nessa semana, na sexta-feira dia 06, há o “Ciclo Antiprincesas – Carolina Beatriz Ângelo”, de Cláudia Gaiolas, e depois “Ninho”, da estrutura Partículas Elementares, e, à noite, “Antígona 3 por 3,5”, pela Companhia Chapitô.

No fim de semana, “não faltam os ‘Jogos do Helder’, um parceiro da Zunzum sempre muito esperado” ou o “tradicional yoga para bebés”, com Patrícia Ferreira e, no sábado, há também uma conversa com Ricardo Lafuente sobre “para além das redes sociais”.

Há também “À Procura do Ó-Ó Perdido”, pela Lua Cheia e “Vamos juntar os trapinhos”, pela Xiu Urban Craft, e o circo “Otus Extract”, pela Companhia Oliveira & Bachtler, enquanto à noite, nas ruas da cidade, se realiza “mais uma “Marcha dos Sonhos”.

No domingo, Márcia Leite apresenta “O urso que não era”, Isabel Moura conta “Dona Felizarda” e a Zunzum faz leitura encenada com “Trupe de Histórias” e com “Maria Monda”, um espetáculo “com três mulheres cheias de energia em palco”.

A partir de 30 de setembro, especificou Isabel Legoinha, começam as oficinas, “em diversas áreas, desde cerâmica, dança, saúde e bem-estar, cosméticos, ou escrita criativa para crianças, por exemplo.

As primeiras ações do festival têm no entanto lugar hoje: a Zunzum apresenta “Frutos”, um dia dedicado à apresentação do trabalho realizado na preparação do festival, com a apresentação da programação, e a estreia de uma nova história da Trupe de Histórias, do Teatro Onomatopeia, para escolas, no Espaço Café – Sede Social dos Bombeiros Voluntário de Viseu, onde a associação cultural trabalha.

No dia 14, no mesmo local, haverá uma conversa, uma performance e um concerto.

“Teremos um convidado para conversar, uma performance dos alunos de artes da Escola Superior de Educação de Viseu e um grande concerto, ‘Coletânea Estefânia’, uma criação D’Orfeu, um parceiro nosso desde a primeira edição”, anunciou.

A vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, Leonor Barata, presente na apresentação, destacou o “mérito do festival” por apresentarem “linguagens artísticas que, normalmente, não estão noutras atividades culturais” existentes no território.

O Município de Viseu financia o festival Outono Quente em 50 mil euros.

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