A Câmara Municipal de Viseu assina hoje um contrato de concessão do Estádio do Fontelo à SAD do Académico de Viseu, que assume a manutenção do espaço durante 10 anos, mediante uma renda mensal superior a cinco mil euros.
“Para nós é importante dar esta gestão ao Académico de Viseu, já que é o clube que o tem utilizado, mais ninguém o tem feito e, portanto, o clube fica com a responsabilidade da gestão do Estádio do Fontelo”, justificou o presidente da Câmara, Fernando Ruas.
Segundo o autarca, na reunião pública de hoje e, mais tarde, aos jornalistas, a gestão “é mais simplificada para os privados do que para os municípios” e, a título de exemplo, apontou o problema que existiu na relva do campo no final da última época.
“Aquele relvado parecia um lamaçal e nós, Câmara, não podíamos fazer nada, andávamos lá, por causa do contrato, de um lado para o outro, porque tudo demora muito tempo. O Académico [de Viseu] contratou a empresa mais adequada e tratou daquilo, que era o que as câmaras deveriam poder fazer”, sustentou.
A partir de hoje, dia da ceia de Natal do Académico de Viseu e altura em que o contrato de concessão será celebrado, o clube “vai gerir o Estádio do Fontelo por um período de 10 anos, renovável por mais 10, mediante a vontade das partes”.
“É um contrato como já existe em outras localidades, com os estádios municipais e com os respetivos clubes da cidade, como em Braga, por exemplo, que é o Sporting de Braga que gere o estádio municipal”, indicou o autarca.
Em contrapartida, continuou Fernando Ruas, “o Académico de Viseu paga uma renda mensal de 5.390 euros, mais 75% dos custos de água, energia e gás, que está calculado em cerca de 1.800” euros.
“Os outros 25% ficam à responsabilidade da Câmara, porque o Académico também não tem de pagar as despesas de algum atleta que queira usar o estádio, nomeadamente a pista, e não pertença ao clube”, justificou.
Fernando Ruas acrescentou que o contrato a assinar hoje com o Académico de Viseu “não invalida a realização de outros protocolos adicionais, mas isso vai depender da evolução” do clube viseense.
“Imaginemos que o clube venha a ter uma grande projeção e vai para a I Liga ,eu poderia ver a prazo se os equipamentos ali à volta também poderiam ser protocolados”, apontou.
As obras que o Académico de Viseu venha a realizar no Estádio, como, por exemplo, mais uma grande bancada ou algo que aumente o património ou o valorize, isso será feito pelo clube, mas ajustado no pagamento da renda, abatendo esse investimento”.