A Câmara Municipal de Cinfães aprovou um orçamento de 28,6 milhões de euros (ME) para 2024, com a habitação e requalificação de espaços públicos em destaque nas grandes obras do ano.
“É o maior orçamento de sempre e apesar da enorme incerteza económica e financeira a nível mundial, permite-nos olhar para 2024 com audácia, mas também com segurança”, reconheceu o presidente da Câmara Municipal de Cinfães.
Armando Mourisco, eleito pelo PS para o terceiro mandato consecutivo, destacou que neste orçamento, já aprovado, com a abstenção da oposição (PSD), “os interesses dos cinfanenses e de Cinfães estarão salvaguardados”.
“Felizmente não temos o futuro penhorado. Graças ao equilíbrio financeiro e às em contas em dia, resultado de muito trabalho e rigor na gestão, bem como da maximização do acesso aos fundos comunitários disponíveis”, justificou.
Armando Mourisco assumiu ainda que o executivo municipal dará “continuidade ao trabalho realizado na valorização e crescimento do território, sem aumentar impostos, ao mesmo tempo que será reforçado o investimento, o apoio social, o apoio às instituições e às famílias cinfanenses.”
Os objetivos estratégicos do município para este ano de 2024, sublinhou, passam pela “dinamização da economia local, valorização das pessoas, promoção do território, melhoria da qualidade de vida e melhoria da qualidade dos serviços”.
Armando Mourisco adiantou ainda, em comunicado, que o grande plano estratégico para 2024 tem como “grandes obras a construção de habitação e a requalificação de espaços e edifícios públicos” como a câmara, o estádio, o quartel da GNR, a Escola EB 2,3 General Serpa Pinto e os centros de saúde.
“A requalificação e pavimentação de vias municipais, estradas e caminhos, e o investimento na ampliação de zonas industriais do concelho” de Cinfães são outras obras que o autarca destacou.
Com um valor total superior a 28,6 ME, o orçamento municipal contabiliza mais de 11,5 ME para a modernização administrativa e governabilidade, enquanto a educação e a saúde têm mais de 3,5 ME, assim como a coesão social, solidariedade e família.
“Com esta alteração, aumenta para 30 euros a dedução fixa ao IMI quando existe um dependente (atualmente é de 20 euros), para 70 euros quando há dois dependentes (atualmente 40 euros) e para 140 euros quando há três ou mais dependentes a cargo (atualmente 70 euros)”, especificou.
Além do IMI familiar, acrescentou, “a Câmara Municipal de Cinfães também vai cobrar a taxa mínima permitida por lei de IMI para o ano de 2024, no valor de 0,3%”.
O orçamento da Câmara de Cinfães para 2024, no valor de 28 ME, é superior ao do ano passado, com o valor de 25 ME.
A oposição, liderada pelo social-democrata Bruno Rocha, que se absteve na votação, disse à agência Lusa que “o orçamento não traz nada de novo” e o documento apresenta uma “tentativa de colocar tudo o que é possível, mas o essencial não”.
“Há obras que não fazem parte e que se arrastam há mais de 20 anos sem que o PS consiga concretizar, mas apresenta saldo positivo, então porque não as fazem? Por exemplo, nas áreas de acolhimento das zonas industriais, que estão no plano e nunca saíram do papel, assim como as acessibilidades às freguesias”, apontou Bruno Rocha.