O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas (PSD), considerou “mais um exemplo de centralismo” a decisão de instalar o polo regional do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) em Vila do Conde.
No entender de Fernando Ruas, foi “mais uma oportunidade perdida para investir no interior do país e mais um investimento que vai para o litoral”, apesar de Viseu ter sido um dos municípios que se disponibilizaram para o receber.
“Quando se chega ao período das grandes decisões nada é feito em prol das cidades que se situam fora do litoral e não posso, por isso, deixar de manifestar a minha indignação”, afirmou.
Durante a reunião de câmara, o autarca social-democrata disse não ter nada contra Vila do Conde, considerando “até normal que faça a sua pressão”.
“Mas perdemos, mais uma vez, a oportunidade de inverter esta centralização que há tanto tempo o país promove”, lamentou.
Na reunião, foi aprovado o contrato de empréstimo que permitirá financiar a reabilitação de 38 casas do Bairro Municipal para habitação a custos acessíveis.
O contrato entre o município e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), no valor de 1,9 milhões de euros, financiará a reabilitação de 38 casas para arrendamento acessível a famílias jovens com baixos recursos económicos.
A Câmara de Viseu tem em curso a reabilitação do Bairro Municipal, também conhecido por Bairro da Cadeia, cujo investimento está estimado em 6,8 milhões de euros.
Segundo Fernando Ruas, as restantes casas do bairro estão a ser reabilitadas ao abrigo do programa “1º Direito”, que conta com um financiamento (a fundo perdido) de 2,4 milhões de euros, o âmbito de um acordo já celebrado com o IHRU. Estas casas vão destinar-se ao realojamento dos atuais moradores do bairro, que terá ainda três casas para novas funcionalidades.
“Pretendemos continuar a alargar o leque de respostas às famílias do nosso concelho, apostando no rejuvenescimento da população residente no bairro, estimulando a dinamização social e económica deste território, dando assim mais um contributo para a coesão social e territorial”, explicou Fernando Ruas.