O Museu Keil Amaral abre na terça-feira, na Casa da Calçada, na zona histórica da cidade de Viseu, propondo uma viagem pelo percurso de vida de cinco gerações de uma família ligada à arte.
O município aproveitou as comemorações do Dia Internacional dos Museus para inaugurar este espaço museológico, que conta a história de treze elementos da família Keil Amaral, desde os seus percursos individuais aos coletivos, nos séculos XIX e XX, através de obras da sua coleção privada.
“Estamos muito satisfeitos por chegar ao fim deste processo e podermos oferecer mais um museu à cidade e aos viseenses. Pessoalmente, sinto que cumprimos o nosso dever, já que vamos inaugurar o espaço no Dia Internacional dos Museus, como era a vontade de António Almeida Henriques”, disse a presidente da Câmara de Viseu, Conceição Azevedo.
O espólio do Museu Keil Amaral – Pessoas, Arte, Coleções integra “peças de alfaiataria, pautas musicais, maquetes, fotografias, mobiliário, ilustrações, azulejos, esculturas, coleções de cerâmica, instrumentos musicais, ourivesaria, armaria e artesanato”, peças que pertenceram à família.
Um dos seus membros, Alfredo Keil, foi o autor do hino nacional, um dos temas de destaque no museu.
A autarquia explica que “um dos ramos da família Amaral teve origem no distrito de Viseu: Francisco Coelho do Amaral Reis nasceu em Canas de Senhorim, em 1873, e desempenhou relevantes cargos políticos durante a primeira República Portuguesa”, entre os quais de governador civil e de deputado por Viseu.
Quem também integra a família é a bailarina Leonor Pereira Keil Amaral, nascida em 1973, que integrou a Companhia Paulo Ribeiro, entre 1996 e 2014.
O edifício da Calçada da Vigia, que acolhe este espólio, é datado do século XVIII e está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978. A sua reabilitação teve início no final do ano de 2014.
Com o Museu Keil Amaral, a Rede Municipal de Museus passa a integrar oito espaços.
“Estamos a reforçar a nossa oferta cultural, preservando o património de Viseu. Estou certa de que o museu será mais um relevante ponto de interesse no nosso concelho”, considera Conceição Azevedo.
O Museu Almeida Moreira, o Museu do Linho de Várzea de Calde, a Casa da Ribeira, o Museu de História da Cidade, o Polo Arqueológico de Viseu António Almeida Henriques, a Quinta da Cruz e o Museu do Quartzo, que integram a rede municipal, vão na terça-feira também proporcionar visitas guiadas, roteiros e oficinas criativas para o público geral e famílias.
“A programação que preparámos para este dia representa, de certa forma, um regresso à nossa vida normal, com várias iniciativas a decorrerem nos museus municipais. Os viseenses terão a oportunidade de visitar estes espaços com toda a segurança e desfrutar do melhor que Viseu tem para oferecer do ponto de vista cultural”, garante a autarca.