Mata do Fontelo em Viseu acolhe esculturas do POLDRA – Public Sculpture Project Viseu

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Começa sábado a primeira edição do projeto POLDRA, uma iniciativa dedicada à escultura e que trará à cidade de Viseu artistas de várias origens.

A apresentação deste projeto, que surge no contexto do programa municipal “Viseu Cultura”, começou com as palavras de Jorge Sobrado, vereador da Cultura do Município de Viseu, ao demonstrar satisfação que um espaço como a Mata do Fontelo – com uma história de 500 anos – possa acolher agora três peças de autores contemporâneos: Cristina Ataíde (Portugal), Pedro Pires (Angola) e Neeraj Bhatia (Canadá). Aliás, essa é a primeira fase, pois, como esclareceu, POLDRA continua em 2019 com a criação de, pelo menos, outras tantas obras que ficarão patentes até 2021 e dotam a Mata de outra camada de história. Já o Presidente da Câmara de Viseu, Dr. Almeida Henriques, aproveitou para sublinhar que estas intervenções irão testemunhar outras: as da reabilitação da própria Mata onde procurarão redescobrir parte da sua história soterrada.

João Dias, artista e organizador do projeto, explicou que, para além das obras que irão ocupar a Mata do Fontelo nos próximos anos, POLDRA tem outras facetas. Nomeadamente Talks, sessões públicas (conferências, colóquios ou aulas abertas), tuteladas por convidados com experiência e reconhecimento, em alguns dos domínios da arte contemporânea e intervenção no espaço público. A primeira acontece já no próximo dia 15 de Setembro com Emília Ferreira (Diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea) e Stella Ioannou (Codiretora de “Sculpture in the City). Existirão ainda Walks, que como o próprio nome indica são visitas guiadas a acontecer mensalmente e que visam dar a conhecer de forma mas profunda o significado das obras, mas estas visitas poderão ser feitas, de forma diferente, por escolas e outros grupos utilizando os Kits, pequenos documentos que serão disponibilizados online com informações e atividades prontas a desenvolver com os mais novos, promovendo a sua interação com as obras e o espaço envolvente.

Por fim, a artista Cristina Ataíde, cujo trabalho está já a ser montado no próprio local, partilhou um pouco da sua ideia que passa por intervir sobre uma das pedras daquela Mata. O motivo que a mobilizou a criar prende-se com as preocupações climáticas e o sentimento de que “este lugar pode não ser assim daqui por alguns anos, e eu quero muito que esta pedra esteja aqui”. Então quis segurá-la com fitas vermelhas e mensagens para os visitantes. O resultado final poderá ser conhecido a partir de dia 8 de Setembro.

Toda a informação pode ser consultada no website oficial: www.poldra.com