O reforço da programação infantil, 15 companhias, quatro delas estrangeiras, 74 artistas e mais de 40 atividades, entre as quais oficinas sustentáveis, marcam o festival “Outono Quente” em Viseu, entre 04 e 09 de outubro.
“Este ano temos uma oferta maior nas oficinas como a casa para insetos, pintura intuitiva, iogurte vegetal ou a oficina de compostagem, uma oferta diferente que se junta às oficinas que costumamos ter como a de cartão ou de crochê”, anunciou o responsável pela organização.
O presidente da Zunzum – Associação Cultural, Roger Bento, disse que são oficinas “mais procuradas, atualmente, pelo público e adequam-se a esta nova cultura da sustentabilidade e de uma nova forma de estar, ou seja, são oficinas que são mais um novo modo de vida”.
Também o habitual mercado à volta das tendas onde acontecem os espetáculos de teatro, por exemplo, no Parque Aquilino Ribeiro, terão, este ano, “menos artesanato e mais produtos agrícolas locais e outros produtos sustentáveis, como de maquilhagem”, exemplificou.
“Este ano vamos reforçar a programação infantil, porque são atividades que esgotam muito depressa e têm sempre muita procura e, então, resolvemos reforçar com mais sessões as atividades para os mais novos”, anunciou.
Nesta 11.ª edição do festival Outono Quente, de terça-feira a domingo, Roger Bento contabilizou as atividades programadas, destacando que, das 15 companhias presentes, quatro são estrangeiras e, das restantes nacionais, duas são locais.
Durante seis dias é possível participar em “oficinas, ioga, sessões de bem-estar a já tradicional Marcha dos Sonhos assim como os Jogos do Hélder”, e assistir a espetáculos de teatro, música, teatro de marionetas, contadores de histórias e animação de rua.
“Este ano temos também um projeto comunidade em que abrimos a participação à comunidade com uma sessão aberta para as pessoas que quiserem poderem participar no festival e ao longo do ano com a ZunZum”, adiantou.
Roger Bento disse que a partir deste sábado vai ser possível consultar toda a programação na página oficial do festival (outonoquente.zunzum-ac.pt) assim como fazer a reserva para os espetáculos a realizar em tenda, tendo em conta a limitação do espaço.
“Ao contrário do que aconteceu durante a pandemia, voltámos a ter algumas atividades pagas, principalmente as que acontecem no interior das tendas, com o preço dos bilhetes a variar entre um e três euros, sendo o teatro a dois euros”, especificou.
Presente na conferência de imprensa de apresentação desta 11.ª edição do Outono Quente, a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, Leonor Barata, destacou o festival como um “evento âncora” para a cidade.
“A par de outros que temos, já são eventos que estruturam o ritmo cultural da cidade e de alguma maneira todas as outras atividades se organizam em função deles. Esta denominação de âncora é também um reconhecimento do trabalho feito ao longo dos anos”, afirmou.
Leonor Barata destacou ainda que é um trabalho “em prol da comunidade, no desenvolvimento dos públicos e na promoção do desenvolvimento social e económico do território”, até porque “há pessoas que se deslocam de propósito para o Outono Quente”.
Com um financiamento anual de 50.000 euros, do ‘eixo um’ do programa Viseu Cultura, da Câmara Municipal, o festival Outono Quente tem o apoio assegurado por um período de quatro anos com o mesmo valor.
“Isto porque possibilita às estruturas que estão no terreno há imensos anos, que desenvolvem trabalho de qualidade e nos orgulham com os seus projetos, e são o ‘braço armado’ em termos culturais da Câmara, ter alguma previsibilidade”, justificou.
Leonor Barata argumentou ainda que isso “permite capacitar para fazer planos a mais de um ano, provocando programações mais cuidadas, melhor gestão dos recursos e uma melhor planificação que faz com que os projetos desenvolvam e cresçam”.
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