Mostra apresenta pela primeira vez achados arqueológicos com quase 40 anos, em depósito no Polo Arqueológicos de Viseu, entre outras peças dos séculos XI a VIII a.C.
Inaugurou domingo passado, 2 de fevereiro, uma nova exposição no Museu do Quartzo – Centro de Interpretação Prof. Galopim de Carvalho. “Monte habitado: viver no Castro de Santa Luzia há 3000 anos” apresenta, através de objetos arqueológicos descobertos por grandes arqueólogos e historiadores viseenses como João Inês Vaz, Celso Tavares da Silva e Alberto Correia, o modo de vida da comunidade que viveu no Monte de Santa Luzia entre os séculos XI e VIII a.C..
Esses achados, guardados sem estudo ou valorização específica há quase 40 anos, estão agora a ser objeto de divulgação, numa parceria entre o Polo Arqueológico de Viseu e o Museu do Quartzo.
A exposição apresenta, ainda, objetos cedidos pelo Museu Nacional Grão Vasco, como um molde em pedra e um escopro de bronze, provenientes do Monte de Santa Luzia, assim como um machado de bronze, de proveniência desconhecida, testemunhos da capacidade tecnológica das comunidades deste período.
“Esta exposição é uma viagem com 3000 anos e levanta o véu sobre uma das mais antigas e importantes ocupações humanas em Viseu. É também um pretexto para uma redescoberta da história e do valor paisagístico e natural singular do Monte de Santa Luzia”, apontou o Vereador da Cultura e Património da Câmara Municipal de Viseu, Jorge Sobrado, no momento da inauguração.
As peças patentes nesta nova mostra são representativas do período de tempo em que o Monte de Santa Luzia foi ocupado por uma comunidade que já dominava a tecnologia da metalurgia do bronze e que ali implantou a sua aldeia, rodeada por uma muralha.
Entre outras curiosidades, “Monte habitado: viver no Castro de Santa Luzia há 3000 anos” mostra-nos, em detalhe, as técnicas utilizadas para produzir e trabalhar o bronze e para decorar um tipo de cerâmica característico desta época, que ficou conhecida como “Cerâmica de Baiões/Santa Luzia”, em alusão aos dois locais onde foi descoberta.
Nos primeiros 3 dias, a exposição já recebeu cerca de 350 visitantes. Estará patente pelo menos até fevereiro de 2021 e a entrada é gratuita.