O presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira disse hoje à agência Lusa que as reabilitações já iniciadas na vila deverão estar prontas em junho de 2023, num investimento superior a três milhões de euros.
“O largo da nossa feira quinzenal, aqui no lado sul dos Paços do Concelho, é usado 26 manhãs por ano e também serve de estacionamento e, com a reabilitação que iniciámos vamos permitir que o espaço tenha outras valências e mais dignidade”, defendeu Paulo Figueiredo.
O autarca deste município do distrito de Viseu explicou à agência Lusa que aquela área, “superior a 10 mil metros quadrados, atualmente toda em terra batida, vai ficar devidamente organizada, para a feira quinzenal e para o trânsito e consequente estacionamento”,
“Queremos que a feira continue a ser realizada lá, mas também queremos que seja um espaço de lazer, lúdico, verde e que possa ser visitado durante os 365 dias do ano. Terá mobiliário urbano, zona para a cultura, com um anfiteatro ao ar livre e área de caravanismo”, explicou.
O presidente acrescentou que, com estas obras, “o espaço terá mais dignidade para os feirantes e para os clientes, será mais limpo e também as cadeiras de rodas e carrinhos de bebé terão melhor mobilidade, sem se enterrarem na terra” atual.
Paulo Figueiredo adiantou que o investimento para a reabilitação deste espaço é “superior a 1,8 milhões de euros (ME) e faz parte de um pacote de investimentos, superiores a 3 ME, que estão a acontecer” na vila.
Financiado em 85% por fundos comunitários – o restante é investimento da Câmara Municipal de Moimenta da Beira -, as outras duas obras situam-se no centro histórico e na central de camionagem.
“A zona histórica já está a ser reabilitada, toda a zona antiga e envolvente aqui aos Paços do Concelho, num investimento que ronda os 700 mil euros e incide em ruas onde estão casas muito antigas, mas estamos a infraestruturar toda a zona”, sublinhou.
Isto, explicou, para que a autarquia seja “o motor público de arranque à reabilitação e melhoria de toda aquela zona, com o intuito de que os privados, de seguida, comecem também eles reabilitar as casas”.
A reabilitação da central de camionagem “era uma necessidade, porque se trata de uma obra com mais de 30 anos em que o edifício já se encontrava muito debilitado, inclusive já com alguns riscos de segurança”.
“Nós queremos reabilitar o espaço, assim como uma rua envolvente à central, e a ideia é criar aqui as boas práticas de mobilidade, já que a infraestrutura atual não reunia os requisitos que hoje são exigidos”, justificou.
Para esta reabilitação, continuou, estão “previstos cerca de 600 mil euros” e todas estas obras fazem parte do mesmo projeto, ou seja, “estão enquadradas na reabilitação do Largo da Tabolado e sua zona envolvente”.