MESCLA é a nova viagem à cultura de Viseu

De 1 a 7 de julho, o Centro Histórico de Viseu recebe a primeira edição deste “caleidoscópio” de talentos, projetos e colaborações artísticas da cidade de Viriato

O Centro Histórico de Viseu vai viver, na primeira semana de julho, uma MESCLA de luz e viagens, de experiências de cultura e projetos artísticos.

O festival, promovido pelo Município de Viseu e VISEU MARCA, põe em especial destaque na sua programação “um caleidoscópio” de projetos culturais e talentos “made in Viseu”, com a participação de dezenas de artistas e coletivos radicados na cidade de Viriato, abrindo-se ainda a nomes nacionais e internacionais, em diferentes áreas de expressão.

Das esculturas de luz às instalações sonoras, das músicas de diferentes paisagens à diversidade do teatro – o clássico, o de rua ou o de marionetas –, do novo circo ao café-concerto, da poesia ao conto e à literatura de viagens, da fotografia ao cinema de animação, das oficinas aos roteiros, o MESCLA promete marcar (e acelerar) o ritmo de Viseu durante os primeiros 7 dias do mês 7.

De segunda-feira a domingo, o Centro Histórico de Viseu será assim palco de estreias e apresentações inéditas na cidade-jardim, de novas experiências e de reencontros há muito desejados, em mais de 200 momentos de programação, distribuídos por 20 espaços.

“Num mix positivo de artes e talentos propomos, aos viseenses e aos milhares de visitantes que procurarão Viseu, uma programação com identidade própria, onde todos podem ter lugar, independentemente da idade e origem”, frisou o Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, na apresentação.

A Praça D. Duarte, o Adro da Sé, a Fonte das 3 Bicas, o Largo Pintor Gata, o Largo de S. Teotónio, o Largo António José Pereira, a Rua de Grão Vasco, os Jardins e Casa do Miradouro, a Incubadora CAVA, o Carmo 81’, os Museus Municipais da cidade e diversos espaços do Mercado 2 de Maio são alguns dos “meeting points” do evento.

Do território cultural de Viseu sobressaem no MESCLA nomes e coletivos como Moullinex, a Gira Sol Azul e a “Viseu Big Band”, o “Teatro Mais Pequeno do Mundo” de Graeme Pullyen, João Lugatte, Ricardo Bernardo e Ricardo Silva (em residência), o projeto CRETA de Guilherme Gomes com diversos atores viseenses, a ZunZum, a Tribal, a “Ritual de Domingo” e Sónia Barbosa, Luís Belo, John Gallo, Inês Flor, Cláudia Sousa, o CARMO 81 e “Sr. Jorge”, a associação Memória Comum, entre outros.

Uma seleção de “bandas de garagem” conquistarão também palco nesta programação.

Para o Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, Jorge Sobrado, “o MESCLA é um festival que respira Viseu por todos os poros, com uma marca de liberdade e de diálogo inclusivo, explorando os conceitos civilizacionais da viagem e da luz”.

Manuel Alão e Sérgio Ferreira são os criadores convidados para a conceção de diversas esculturas de luz originais que distinguirão o MESCLA. Instalações “site specific” que vão iluminar Viseu, algumas delas com componente sonora, formando um roteiro entre diversos largos e ruas.

A dupla Samuel Coelho e César Estrela protagonizam a criação e instalação de um “estranhofone” de grandes dimensões no Adro da Sé, escultura sonora que permitirá a realização de performances, assim como a livre interação do público.

No plano nacional e internacional ganham ainda destaque o coletivo francês La Meute, os Palmilha Dentada, a Companhia de Música Teatral, o Festival Monstra, o coletivo “Ovo Alado” e, na música, Noiserv, Fogo Fogo, Marta Ren, Elisa Rodrigues, SURMA, Solar Corona e as Sopa de Pedra.

O MESCLA faz também uma incursão em escolas, dando início a um projeto de estímulo da escrita sobre viagens que se prolongará no ano letivo de 2019/2020. “O Outro Marco Polo, que viajou – talvez – com Fernão de Magalhães” é o nome da iniciativa, organizada pela associação MEMÓRIA COMUM com os Museus Municipais.

Inspirada na obra conhecida por “Viagens de Marco Polo” e em “As Cidades Invisíveis” de Italo Calvino, e servindo também de tributo aos 500 anos do início da Viagem de Circum-navegação de Fernão de Magalhães, a iniciativa propõe sessões de conversa e exploração com alunos do 3º e 4º ano escolar, das quais resultam textos inventivos sobre “mundos” desconhecidos, mas a ponto de serem descobertos.

Da junção dos vários textos sobre estas geografias longínquas será organizado e publicado um livro, cujos cadernos serão produzidos em oficinas que terão lugar, durante o MESCLA, no Museu de História da Cidade.

O festival marca também a adoção de uma atitude ambientalmente mais sustentável por parte dos principais operadores de bares e cafetaria da cidade. Com o MESCLA será erradicada a utilização de copos plásticos descartáveis, sendo substituídos por copos reutilizáveis mediante caução. Anualmente são desperdiçados mais de 3 milhões de copos descartáveis no Centro Histórico de Viseu.

O evento é organizado pelo Município de Viseu e pela VISEU MARCA.

Tendo em vista favorecer a vivência do evento e da zona antiga da cidade, em melhores condições ambientais, de segurança e acessibilidade, o Município promoverá o encerramento do trânsito automóvel no Centro Histórico entre as 16h00 e as 02h00 da manhã desta semana.

Pelo menos até ao final do verão, às sextas e sábados, será promovido idêntico condicionamento.

Da intensa agenda de programação, destaque para os grandes concertos musicais que se farão ouvir pelo centro histórico, de 1 a 7 de julho. A “Viseu Big Band”, formada por jovens músicos de bandas filarmónicas da região, vai protagonizar o concerto de abertura do evento, a 1 de julho, na Fonte das 3 Bicas, tendo como intérprete convidada Elisa Rodrigues.

No dia seguinte, no mesmo palco, é a vez dos “FOGO FOGO”, que vão tocar música de inspiração africana em Viseu.

Na quarta-feira, SURMA é a protagonista musical do dia, no MESCLA. A concorrente e finalista da última edição do Festival da Canção, que nos últimos 2 anos se apresentou ao vivo em 16 países, vai subir ao palco da Fonte das 3 Bicas pelas 22h30.

Marta Ren, uma das mais carismáticas vozes da nova música portuguesa, também atua no MESCLA, no dia 4.

O embaixador de Viseu MOULLINEX e o “homem-orquestra” NOISERV “sobem ao palco” sexta-feira para dois momentos muito aguardados. A atuação de NOISERV, no Mercado 2 de Maio, terá como cenografia a instalação de “lanternas japonesas” produzidas por crianças nas oficinas diárias conduzidas pela artista viseense Inês Flor.

As honras de encerramento do MESCLA caberá a “Sr. Jorge”, um dos projetos musicais mais originais made in Viseu. Ao fadista autodidata Jorge Novo juntam-se os músicos e compositores Gonçalo Alegre (Galo Cant’Às Duas), Rui Souza (Dada Garbeck e El Rupe) e João Pedro Silva (The Lemon Lovers).

No que toca à encenação artística, destaque para o “Teatro Mais Pequeno do Mundo”, um projeto de Graeme Pulleyn, com a peça “Debaixo do Capuz – Histórias de Devorar e Chorar por Mais”. Esta performance multidisciplinar que convida os espetadores a juntarem-se, debaixo de um capuz, para escutar contos tradicionais, decorre todos os dias do MESCLA, no Largo S. Teotónio. Do mesmo encenador, vai-se poder assistir ao teatro para a infância “O AUTÓMATO”, na sexta-feira.

O MESCLA também traz circo a Viseu. 78 TOURS é um projeto francês de circo contemporâneo que conta com 1 músico e 2 acrobatas, acompanhados de um aparelho de 10 metros de altura. A performance acontece no Adro da Sé, na noite de 4 de julho.

E sendo as “viagens” um dos conceitos fundadores do MESCLA, “Viseu pelas Bocas do Mundo – Guias de Viagem da Monarquia Constitucional ao Estado Novo” é a exposição que inaugura no Museu Almeida Moreira, a 5 de julho. Uma mostra de guias de viagens internacionais publicados entre 1820 e 1974 que põem os olhos (e a boca) sobre Viseu.

Animação de rua, contos para crianças e adultos, teatro para bebés e atuações de Bandas de Garagem de Viseu são algumas das restantes propostas do MESCLA para a primeira semana de julho, na cidade de Viriato.

Em permanência, entre os dias 1 e 7, os Museus Municipais organizam oficinas infantojuvenis e para famílias, para além de visitas guiadas pelas atuais exposições em exibição.

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