Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, na competição nacional, e Joana Sá, na competição local, são as realizadoras premiadas no Festival Vista Curta, que terminou hoje em Viseu, e que também destacou “Camaleão”, de Tiago ‘Ramón’ Santos.
A melhor curta-metragem na competição nacional foi para “Percebes”, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, que já vencera o prémio de melhor curta-metragem no Festival de Annecy, e na competição local, reservada a filmes feitos por pessoas de Viseu ou rodados na cidade, a vencedora foi “Abcedo”, de Joana Sá, anunciou hoje o Cine Clube de Viseu que organiza o Festival Vista Curta.
Os realizadores de cada uma destas competições ganham um prémio de 1.500 euros, cada um, num total de 3.000 euros em prémio nas duas categorias para melhores curtas-metragens.
O júri era composto por Bernardo Rapazote, co-autor e co-realizador do filme “Corte”, a realizadora, designer e artista visual Inês Costa, vencedora da competição local em 2023, e o sócio do Cine Clube de Viseu Carlos Vieira.
No encerramento do Festival Vista Curta, que teve início na terça-feira, foi ainda anunciado o prémio Primeira Vista, dirigido a Tiago ‘Ramón’ Santos com a curta-metragem “Camaleão”.
O prémio Primeira Vista, instituído em 2021, não é monetário, consiste numa escultura de Liliana Velho. O júri foi composto por cinco estudantes de Viseu, com menos de 17 anos.
Ao longo de cinco dias, o Festival Vista Curta, além das competições das curtas-metragens apresentou longas-metragens, cine concertos, um programa para escolas e conversas com a presença de realizadores.
Em destaque nesta edição estiveram dois realizadores: Paulo Abreu, que abriu o festival com o seu filme “Ubu”, seguido de uma conversa com o público, no Instituto Português do Desporto e Juventude, um dos palcos das sessões.
O Vista Curta encerrou com “As melusinas à margem do rio”, vencedor de três prémios do DocLisboa em 2023, da realizadora Melanie Pereira, a segunda realizadora convidada em destaque na edição deste ano do festival.
À margem da sessão de encerramento, um dos elementos da organização do Vista Curta disse à agência Lusa que o festival resultou “mesmo numa festa” e marcou “o regresso às sessões de um elevado número de espectadores”.
“Foram cinco dias de programação, sessões de cinema, concertos e atividades paralelas, com novidades muito especiais, como filmes em antestreia e abertura de uma exposição que fica patente até janeiro de 2025”, destacou Rodrigo Francisco.
A exposição em causa foi inaugurada hoje, no Museu da História da Cidade, no centro histórico de Viseu, e intitula-se “Cine- Pt, Pola-PN”, de Nuno Tudela, uma mostra de “dezenas de retratos” de “rostos de uma história, a do cinema, que nunca foi definida”.
“No fundo, o que move o Cine Clube de Viseu é saber que as atividades desenvolvidas são realmente abertas a todos, e promovem espaços de encontro, convívio e diálogo. Seja nas sessões, dez meses por ano, seja em julho na mostra de cinema ao ar livre, ou no programa para escolas ao longo de todo o ano, e no Vista Curta”, defendeu a organização.