Estabelecimento Prisional de São José com serviço clínico para Viseu e Lamego

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O Estabelecimento Prisional de São José no Campo, em Viseu, inaugurou um serviço clínico que serve 160 reclusos, parte de um investimento de 400 mil euros, e iniciou uma requalificação de pavilhões de 2,9 milhões de euros.

“Este estabelecimento prisional já tem a sua primeira fase concluída, cerca de 900 mil euros investidos e agora temos esta segunda fase que aqui nos traz concluída com estas instalações para o regime aberto e também para os serviços clínicos”, destacou a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.

Esta segunda, das cinco fases da requalificação que o Estabelecimento Prisional de São José, situado na freguesia do Campo, em Viseu, está a sofrer, foi inaugurada pela ministra da Justiça, e foi alvo de um investimento de 400 mil euros.

Obras que contemplam “habitabilidade para 30 reclusos em regime aberto interno” e “condições excelentes para os serviços clínicos para a área da farmácia, da estomatologia e serviços médicos e de enfermagem”.

Um total de três gabinetes médicos, um de enfermagem, uma farmácia e um gabinete dentista onde trabalham três enfermeiros, um do quadro e os restantes em regime de avença, assim como um médico de clínica geral, um psiquiatra, um psicólogo e um estomatologista.

Uma lista avançada aos jornalistas pela recém-diretora do estabelecimento, desde dezembro, Paula Sobral, que avançou que servirá “o total de 80 reclusos, 30 dos quais no regime aberto, e outros 30 de Lamego”, no norte do distrito de Viseu.

Paula Sobral também avançou aos jornalistas que “a terceira fase da requalificação está já em andamento, um investimento de cerca de 2,9 milhões de euros (ME) e será, principalmente, na área dos pavilhões”.

Um investimento que se soma aos 24 ME anunciados pelo Governo para requalificar os estabelecimentos prisionais de Alcoentre, Linhó, Sintra e Tires, que irão acolher os reclusos do Estabelecimento Prisional de Lisboa, cujo encerramento está previsto.

“No final [de toda a requalificação] estas instalações terão condições de segurança e de dignidade para todas as pessoas que aqui residem, e que têm contribuído com empenho para esta requalificação, e também para os que aqui exercem o seu trabalho”, apontou a ministra.

O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, que não esteve presente, mostrou-se desagradado pela forma como foi informado da visita de Catarina Sarmento e Castro.

Segundo o autarca social-democrata, os responsáveis pelo estabelecimento prisional “fizeram o seu trabalho” e avisaram-no “com tempo” da visita da ministra, mas depois o gabinete desta deveria ter-lhe feito um convite.

“Temos de ter um convite oficial. Nós relacionamo-nos com membros do Governo diretamente, através dos gabinetes respetivos”, frisou.