CIM Viseu Dão Lafões arranca com projeto de deteção e combate à vespa velutina

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 A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões anunciou  que pretende arrancar, em janeiro de 2022, com um projeto de deteção e combate à espécie exótica invasora vespa velutina.

O projeto foi aprovado no âmbito do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), com um investimento elegível de cerca de 340 mil euros.

“A implementação deste projeto permitirá não só desenvolver uma estratégia intermunicipal de combate a esta espécie invasora, mas também aumentar o nosso conhecimento (tanto de técnicos como da população) sobre os hábitos desta espécie”, explicou o secretário executivo da CIM, Nuno Martinho.

Desta forma, será possível adequar “comportamentos e procedimentos a adotar quando detetada a presença da vespa velutina”, acrescentou.

Segundo Nuno Martinho, com este projeto, a CIM pretende “contribuir de forma direta para a mitigação dos efeitos provocados por esta espécie na atividade agrícola, bem como para a segurança dos cidadãos” e “para a minimização dos impactos sobre a biodiversidade e ecossistemas presentes nos catorze municípios da região”.

O projeto, que conta com a colaboração da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, prevê ações de prevenção, vigilância e controlo da espécie sobre os ecossistemas e, em particular, sobre os serviços de polinização por eles suportados.

A instalação e monitorização de uma rede de armadilhas, tendo em vista a deteção precoce da presença de exemplares ou ninhos de vespa velutina (também conhecida por vespa asiática), e o acompanhamento e estudo da sua dispersão por todo o território da CIM Viseu Dão Lafões são algumas das medidas.

Está ainda prevista a aquisição de equipamentos para a deteção e combate a esta espécie, incluindo armadilhas e feromonas, equipamento de proteção individual, ‘kits’ de destruição de ninhos, hipsómetros e binóculos.

Os procedimentos de monitorização serão divulgados junto de técnicos dos Gabinetes Técnicos Florestais, dos serviços municipais de Proteção Civil, de organizações de apicultores, de caça, de produtores florestais e de bombeiros, entre outros.

“A conjugação destas medidas torna mais eficaz o controlo e minimização dos efeitos nefastos, em particular, sobre a apicultura e a biodiversidade, designadamente pela redução de insetos polinizadores”, considera a CIM