BE – Repudiamos qualquer tipo de violência LGBTI+ fóbica

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Perante o que se vive em Viseu, chegou o momento de refletir sobre qual o futuro autárquico. Viseenses, com o fim das maiorias absolutas, quem querem a influenciar as decisões do município?
As forças de extrema direita, seja do Chega ou da Iniciativa Liberal, ou, pelo contrário, o Bloco de Esquerda? Uma força que procura o fim da opressão sobre quem não responde a um padrão normativo de sociedade, bem como da exploração, que atira quem trabalha para a pobreza.
O Bloco tem levado ao longo dos anos os direitos humanos aos órgãos autárquicos onde tem representantes, nomeadamente os direitos LGBTI+.
Assunto que já foi desvalorizado, escarnecido e até negado. Nunca é demais lembrar que um voto de louvor à 1.ª Marcha Pelos Direitos LGBTI+ em Viseu foi chumbada na Assembleia de Freguesia de Viseu, por alegadamente não haver necessidade deste tipo de manifestação, uma vez que Viseu já era “tolerante”.
Há menos de um mês, a 28 de junho, dia do Orgulho, foi aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal uma moção apresentada pelo Bloco de Esquerda para declarar Viseu “Zona de Liberdade LGBTI+”.
Mas é preciso que tal se reflita na prática. Defendemos que para a construção de um concelho verdadeiramente livre para todas as pessoas é necessária a urgente criação de um Plano Municipal que desenhe políticas públicas promotoras dos direitos da comunidade LGBTI+.
Viseu só será a melhor cidade para se viver se escolher não ficar indiferente ao crescer do ódio, da violência, da discriminação e da segregação em relação às pessoas LGBTI+.
Mas, erguendo esta bandeira, o Bloco tem estado também na rua. Esteve na rua em 2005, na manifestação STOP Homofobia, contra os ataques a homossexuais no concelho; esteve na rua nas três Marchas de Viseu Pelos Direitos LGBTI+, que ocorrem desde 2018; estará na rua e no espaço público sempre que necessário conta a violência. Assim como contra a negação, desvalorização e normalização da violência dirigida a pessoas LGBTI+.
Negar a violência ou assumir a neutralidade perante ela é alimentá-la. Ela existe, é uma realidade, das redes sociais e das ruas, onde a agressão a pessoas LGBTI+ cresce, legitimada pelo crescimento e legitimação em espaço público de posições de extrema direita.
O Bloco de Esquerda continuará a não se conformar e, sem medo, a dar voz às reivindicações da luta LGBTI+, na construção de um concelho sinónimo de liberdade para todas as pessoas, independente da sua orientação sexual e romântica ou expressão e identidade de género!
O que faz falta? Um concelho de todas as cores, seguro para todas as pessoas.