Desde abril que o coreógrafo Luís André Sá e o artista multidisciplinar e Artista Associado do Teatro Viriato Nuno Veiga desenvolveram com alunos do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira o projeto “A construção de uma imagem”. Esta iniciativa, que surgiu de uma parceria entre o Teatro Viriato e o Museu Nacional Grão Vasco, tem como ponto de partida de criação de três das obras expostas neste espaço museológico na exposição temporária de pintura. A sustentabilidade, os direitos humanos e a igualdade de género são os temas abordados neste projeto.
Depois de visitas ao Teatro Viriato e ao Museu Nacional Grão Vasco e de várias sessões de trabalho, de debate de temas atuais e de vários exercícios de cruzamento entre as artes e o plano curricular, os artistas e os alunos criaram uma apresentação final que será dada a conhecer nos Claustros do Museu Nacional Grão Vasco, esta terça-feira, a partir das 19 horas.
Nesta apresentação, Nuno Veiga irá convidar-nos a viajar no tempo, a imaginarmos que somos habitantes de 2222 e que regressamos a Moimenta da Beira de 2021, depois de uma hecatombe informática que apagou toda a nossa memória digital. Teremos tecnologia apta a recuperar o arquivo imagético passado? Seremos capazes de reescrever a história? Já Luís André Sá, partindo dos domínios da estética, lança-nos a seguinte questão: Pode a exploração do tempo estático de uma imagem potenciar a dilatação de novos diálogos futuros em diversos campos como a validação de corpos e imagens? Mais do que uma apresentação, o que será tornado público são meses de questionamento sobre a construção, mas também sobre a desconstrução de imagens, estéticas e narrativas.
Fonte: Teatro Viriato