Atraso no POESI origina dispensa de formadores na APPACDM

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Novo Departamento de Psiquiatria – uma causa de todos

Os candidatos do PSD dedicaram o dia de terça-feira às políticas sociais, com especial enfoque e destaque para o Centro Social Cultural de Orgens, a APPACDM e o Departamento de Psiquiatria do Centro Hospitalar Tondela-Viseu. São 3 respostas em áreas diferentes que nos merecem igual preocupação e acompanhamento.

Relativamente à obra em curso do Centro Social e Cultural de Orgens destaca-se a ousadia de avançar com um investimento de quase 3 M€ (sem apoio da Segurança Social), numa área onde há grande procura e falta de resposta do Estado para acolher os mais idosos. Ao contrário de outros partidos que, através de uma agenda marcadamente ideológica, pretendem que o Estado substitua a iniciativa e a missão destas instituições na resposta que dão, nós, PSD, valorizamos e reconhecemos todo o trabalho voluntário desenvolvido pelos dirigentes destas IPPSS e Misericórdias junto das comunidades que servem.

Quanto à APPACDM todas as palavras são poucas para valorizar e reconhecer o trabalho que desenvolvem com pessoas diferentes. A alegria e a felicidade de todos os utentes e profissionais é sempre contagiante quando os visitamos. A cada visita é notória a melhoria dos resultados e a qualidade do serviço. No entanto ficou clara a preocupação da instituição pela falta de resposta do Governo através do POESI relativamente a uma candidatura de formação profissional para 120 pessoas diferentes num valor superior a 2,2 M€. Uma candidatura realizada em março que deveria ter tido resposta até ao início de agosto obrigando a instituição a ter que dispensar formadores por não saber quantos, dos 6 cursos, irão ser aprovados. Não se compreende que perante uma instituição que substitui o Estado na resposta ao acompanhamento e apoio a pessoas com deficiência o Estado se comporte com indiferença e irresponsabilidade perante a instituição, as famílias e principalmente os que necessitam de apoio. Afinal qual é a razão de tanto atraso?

Por último, na visita ao departamento de psiquiatria do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, em Abraveses, ficámos preocupados, em primeiro lugar, pelo estigma social que envolve estes doentes. Na verdade, há uma marginalização destas doenças que, por vezes, parece que se esquece que existem, ao ponto de, ao nível da medicação, não terem igualdade de tratamento como por exemplo, os doentes de HIV ou Hepatite C. São doentes que não “têm voz” e que merecem ser tratados com a mesma dignidade e comparticipação nos custos que todos os outros. Para quem diz que tudo está bem no serviço nacional de saúde, ainda há muito que fazer…

Em segundo lugar foi reconhecido que as condições físicas do edifício não se coadunam às exigências de tratamento do doente mental. O próprio edifício, dada a sua estrutura, é um obstáculo a qualquer remodelação que se pretenda fazer. Perante esta conjuntura e pela necessidade permanente que existe em aceder a serviços e equipamentos do hospital São Teotónio é necessário que se faça a integração física deste Departamento nas imediações do Hospital São Teotónio. Assim, a par do embuste do Centro Oncológico e da adiada ampliação da Urgência reivindicamos a construção do Departamento de Psiquiatria para servir com mais dignidade e melhores condições técnicas e clínicas os utentes e os profissionais de saúde. Esperamos que esta ambição seja, também, uma causa de todos; que una todos os partidos para que na próxima legislatura, independentemente da configuração do Governo, o Departamento de Psiquiatria possa ser uma realidade do Centro Hospitalar Tondela-Viseu.

 

Os candidatos do PSD