Afinal o que é o Coaching, esse estrangeirismo cada vez mais presente na nossa sociedade, do que se trata e o que engloba? Antes que aborde toda esta temática, apresento a história desta palavra inglesa, com origem húngara, e que sofreu uma intensificação do seu uso na universidade de Oxford, Inglaterra, em 1830.
Como surgiu esta palavra na Hungria? Ora, existe uma cidade chamada Kocs (os seus habitantes identificavam-se como sendo os kocsi), que durante o séc. XVI era conhecida por ser um ponto estratégico de transporte na europa central. Nessa mesma cidade começaram a ser produzidas carruagens modernas e sofisticadas, que trouxeram mais conforto aos viajantes, o que as tornou famosas e populares.
Rapidamente as carruagens começaram a ser chamadas de “kocsi szeker”, o que levou os ingleses a aproximarem a palavra, pela sua sonoridade e escrita, ao termo “coach”, ou seja, o primeiro significado desta palavra para os ingleses foi carruagem.
Mais tarde, em Oxford, no ano de 1830, a necessidade de identificar um termo mais informal, para caracterizar o processo do tutor/professor que acompanhava os alunos para os seus exames, levou à formação da palavra “Coaching” (do mesmo modo que a carruagem transportava os viajantes, também os tutores “transportavam” os alunos aos seus objetivos de estudo), tendo sido mais tarde associada ao mundo do desporto, o que na sua tradução leva-nos, mais comummente, à palavra “treinador”.
Ao longo do tempo o Coaching foi sendo associado e explorado por diferentes áreas, para além da área do desporto, tais como a psicologia, as ciências sociais ou humanas, o mundo dos negócios, mas também, mais recentemente a área de desenvolvimento pessoal (estando esta presente na maioria das áreas acima) e espiritual.
Mas afinal do que se trata? O que aborda e que vantagens agrega?
De uma forma simples (não simplória) o Coaching é todo o processo de identificação de competências e objetivos, é um método que ajuda e enriquece o percurso de vida de qualquer pessoa que queira melhorar, crescer, evoluir, se tornar melhor em toda a sua essência. O coach (o “orientador”, o “facilitador”) torna-se, no fundo, um guia que desperta no coachee (o orientado, a pessoa que “recebe” coaching) uma caminhada e um trabalho interno muito íntimo, que terá sempre uma responsabilidade pessoal agregada ao processo, que pertence inteiramente ao coachee.
A ética, o profissionalismo e a confidencialidade, são 3 bases necessárias e que estarão presentes no perfil do coach, que as incentivará em todo o processo de relacionamento com o coachee, oferecendo assim as melhores características para que o sucesso, a mudança e a partilha sejam construídas, para que a empatia e escuta ativa sejam elevadas.
O Coaching tem como abordagem a procura pela intensificação do foco, do encontro das potencialidades das pessoas, do alinhamento das estratégias que o coachee sente que são mais importantes para a sua evolução, melhoria e bem-estar, da tomada de consciência que dará os clicks necessários para que, quem está do outro lado, se sinta motivado, concretizado e no caminho certo (o seu, de acordo com as suas escolhas e livre-arbítrio).
As maiores vantagens acabam por ser a visível maximização dos resultados, nas empresas por exemplo, a melhoria na eficiência das tarefas, o encontro por uma vida mais organizada, filtrada, disciplinada e centrada num futuro pleno de objetivos, metas e transformações. Com o tempo e trabalho estabelecidos, o coachee encontra-se, realiza-se, torna-se uma melhor pessoa, o que na ótica do coaching, é das melhores vantagens que pode ter e apresentar.
Para terminar reforço a importância nos dias de hoje do Coaching nas nossas vidas, do potencial que pode incorporar no nosso caminho e da sua versatilidade nas diferentes áreas da nossa sociedade e do perfil humano. O Coaching veio para ficar, irá sem dúvida mudar o nosso futuro e a forma como interagimos entre nós e acima de tudo (e o mais importante) como nos relacionados individualmente.