Celebrações em Fátima terão apenas as pessoas “diretamente implicadas”

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As celebrações da Peregrinação Internacional Aniversária de maio, nos dias 12 e 13, vão contar apenas com a presença das pessoas nelas diretamente envolvidas, disse hoje o reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Cabecinhas explicou que “só estarão presentes as pessoas necessárias e diretamente implicadas nas celebrações”.
Como é habitual nos outros anos, as celebrações decorrerão no recinto de oração do santuário, mas sem a presença de peregrinos, uma vez que este estará encerrado.
“A entrada de peregrinos nos espaços do santuário, entre a tarde do dia 12 e a hora do almoço do dia 13, não será possível. Os espaços estarão todos inacessíveis, incluindo o recinto de oração, que será encerrado”, frisou.
Carlos Cabecinhas explicou que “o objetivo é evitar qualquer tipo de aglomeração de pessoas ou ajuntamentos”.
“A mensagem que é importante e que as pessoas devem ter presente é que não poderão entrar no recinto de oração, não poderão participar em qualquer celebração e, por isso, não devem vir”, pediu.
Questionado sobre as medidas de segurança adotadas para a eventualidade de, apesar deste apelo, os peregrinos decidirem deslocar-se ao santuário, Carlos Cabecinhas referiu que aquelas competem às autoridades.
“Sempre foi assim. Nós respeitamos a sua atuação e articulamos o que tem de ser articulado, que é a parte de vigilância dos nossos espaços”, acrescentou.
O reitor reiterou o sentimento de “profunda dor” por, pela primeira vez na sua história, o Santuário de Fátima não acolher peregrinos, que são “a razão de ser” do seu quotidiano.
“Ainda assim, sabemos que tomámos a decisão correta, porque foi a decisão mais responsável”, considerou, acrescentando que esta se baseou “na saúde e na segurança dos peregrinos, na sequência desta pandemia e das decisões das autoridades”.
Apesar de a presença dos peregrinos não ser possível fisicamente, Carlos Cabecinhas disse que o santuário não prescinde “da sua oração, da sua presença espiritual”.
“O santuário estará vazio, mas não estará deserto. Os peregrinos serão os mais presentes na celebração, não temos dúvidas”, realçou.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.