Algumas subsidiárias da Vista Alegre Atlantis (VAA) vão recorrer ao ‘lay-off’ simplificado, na sequência da pandemia de covid-19, anunciou na quinta-feira o grupo empresarial de porcelana e utensílios de mesa.
De acordo com um comunicado divulgado, a VAA explicita que devido à “suspensão da atividade comercial da sua rede de retalho nacional e internacional” e no contexto de “paragem parcial da atividade e incerteza” em relação à evolução da pandemia, “algumas subsidiárias decidiram recorrer à medida de ‘lay-off’ simplificado”.
O ‘lay-off’ simplificado é uma das medidas aprovadas pelo Governo de resposta à crise provocada pela pandemia de covid-19 e consiste num apoio às empresas de manutenção dos contratos de trabalho.
Os trabalhadores têm direito a receber dois terços da remuneração, assegurando a Segurança Social o pagamento de 70% desse valor, sendo o remanescente suportado pela entidade empregadora.
Segundo a nota, 38,16% dos trabalhadores das unidades produtivas, “nos segmentos de porcelana e cristal, de ílhavo, distrito de Aveiro, e Alcobaça, distrito de Leiria, vão ser abrangidos por esta medida, até 30 de abril.
Em relação à unidade produtiva Bordalo Pinheiro, nas Caldas da Rainha (Leiria), 21,09% dos funcionários, “no segmento da faiança”, vão ser afetados pelo ‘lay-off’ simplificado, até 08 de maio.
Os restantes “trabalhadores destas unidades a prestação de trabalho a tempo inteiro ou com redução temporária do período normal de trabalho semanal”, refere o comunicado.
Já a “quase totalidade” dos trabalhadores da unidade Ria Stone, em Ílhavo, “no segmento grés mesa”, vão ser abrangidos pela medida, até 04 de maio, “tendo esta suspensão de atividade e a sua retoma a partir dessa data sido previamente consensualizada com o cliente Ikea”.
“A retoma total da atividade das unidades produtivas da Cerutil e Cerexport em Viseu e Aveiro no segmento de grés forno a partir de 13 de abril de 2020”, acrescenta a Vista Alegre Atlantis.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.
Em Portugal, segundo o balanço de quinta-feira da Direção-Geral da Saúde, há registo de 409 mortes e 13.956 casos de infeção confirmados.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado no dia 02 de abril na Assembleia da República.
Foto : Portugal resident