A antiga escola básica de Vila Nova de Paiva, abandonada há seis anos, será requalificada, para reabrir, num investimento de cerca de 1,7 milhões de euros (ME), disse à agência Lusa o presidente da Câmara.
“Vamos investir perto de 1,7 ME na requalificação da antiga escola básica, que está fechada há seis anos, ficou abandonada, e nós vamos requalificá-la e voltar a colocar lá as crianças”, afirmou o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva (distrito de Viseu), Paulo Marques.
À agência Lusa o autarca explicou que desde que a escola fechou, “por falta de condições”, as crianças do pré-escolar estão “ao lado, numas instalações da Associação de Solidariedade Social do Alto Paiva, que tem lá a sua creche e o pré-escolar público”.
“O objetivo é a requalificação, manter o edificado e todas as árvores do recreio e voltar a dar condições ao edifício para que os alunos regressem à antiga escola. Para as obras começarem falta o visto do Tribunal de Contas e depois são 300 dias para as executar”, contou.
Paulo Marques não escondeu que gostaria “muito que daqui a um ano as crianças já possam estar na antiga escola, mas já devidamente requalificada”, referiu, reforçando esperar que na abertura do ano letivo de 2024/25 o estabelecimento “esteja em pleno funcionamento”.
Ao todo, continuou, “deverão regressar ao edifício perto de 200 crianças, apesar do número variar todos os anos, mas são as que estão a frequentar o primeiro ciclo e o jardim-de-infância, ou seja, o pré-escolar”.
Para esta obra, e uma outra, o executivo pretendia fazer um empréstimo à banca no valor de 1,2 ME, “apesar da autarquia estar em boas condições financeiras, mas permitia ainda este ano realizar outros projetos”.
“Mas a oposição chumbou o pedido de empréstimo, alegando que temos uma situação financeira boa e podemos usar capitais próprios para realizar essas obras e, mais tarde, poderão ver se haverá possibilidade ou não de contrair empréstimos”, referiu.
Aquela posição foi uma “novidade” para o presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, uma vez que a oposição “tinha aprovado uma deliberação prévia em como estes dois projetos iam ser financiados também com o recurso deste empréstimo, daí ser estranha esta posição”.
O executivo municipal é composto por cinco vereadores, dois eleitos pelo PS, que teve mais votos e elegeu Paulo Marques como presidente, dois pelo PSD e um quinto lugar foi eleito pelo Nós Cidadãos.
“Este chumbo não nos vai inviabilizar as obras. Tanto as da escola, como a dos passeios de Alhais, onde, ao todo, vamos investir mais de 3 ME. São obras financiadas, mas para as quais queríamos aceder à banca em 1,2 ME para as executar”, sublinhou.
Desta forma, continuou, “a autarquia estaria mais confortável financeiramente, tendo em conta que está a contar investir bastante este ano, já que estão uma série de obras programadas” para 2023.
Com o pedido não aprovado, o presidente assumiu que poderá ter de “ponderar, no futuro, se todos os projetos que estão pensados para este ano, se avançam ou se terá de haver opções de uns investimentos em detrimento de outros, mas isso só o futuro dirá”.
Os passeios de Alhais, indicou, “são obras de requalificação de diversos passeios e a criação de novos, assim como a construção de uma ciclovia na vila, tudo numa extensão de quase quatro quilómetros, para permitir este tipo de deslocação por parte dos cidadãos”.