O candidato presidencial do Chega elegeu na sexta-feira à noite a diplomata do PS, Ana Gomes, e o atual chefe de Estado e recandidato, Marcelo Rebelo de Sousa, antigo presidente do PSD, como os seus principais adversários.
No dia do seu 38.º aniversário, André Ventura elevou a fasquia no seu discurso mais longo (mais de meia-hora) e empolgado desde o início da campanha eleitoral, no domingo, num jantar/comício com cerca de 60 apoiantes, numa ampla sala de um hotel viseense.
“Não vos posso prometer vitórias, mas posso-vos prometer a luta até ao fim, até ao último segundo desta campanha, contra tudo e contra todos, contra os dois candidatos socialistas desta eleição, Ana Gomes e Marcelo Rebelo de Sousa”, afirmou.
O líder do partido da extrema-direita parlamentar prometeu aos seus “fiéis” ir “lutar o que puder, o que tiver e o que não tiver, para que estes dois candidatos socialistas não continuem a humilhar Portugal, a envergonhar Portugal e permitam mais não sei quantos anos de governação socialista”.
As eleições presidenciais realizam-se em plena epidemia de covid-19 em Portugal em 24 de janeiro, a 10.ª vez que os cidadãos portugueses escolhem o chefe de Estado em democracia, desde 1976. A campanha eleitoral começou no dia 10 e termina em 22 de janeiro.
Há sete candidatos: o incumbente Marcelo Rebelo de Sousa (apoiado oficialmente por PSD e CDS-PP), a diplomata e ex-eurodeputada do PS Ana Gomes (PAN e Livre), o deputado único do Chega, André Ventura, o eurodeputado e dirigente comunista, João Ferreira (PCP e “Os Verdes”), a eurodeputada e dirigente do BE, Marisa Matias, o fundador da Iniciativa Liberal Tiago Mayan e o calceteiro e ex-autarca socialista Vitorino Silva (“Tino de Rans”, presidente do RIR – Reagir, Incluir, Reciclar).