A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, realizou , dia 26,uma visita a aldeias do Centro de Portugal, a convite do Turismo do Centro. A iniciativa teve como objetivo celebrar o Dia Mundial do Turismo, que se celebrou a 27 de setembro e que este ano tem como mote “Turismo e Desenvolvimento Rural”.
Com esta visita, a governante teve oportunidade de testemunhar a importância da simbiose entre o setor primário e o turismo para o desenvolvimento dos territórios, exemplificada nalguns dos seus casos de maior sucesso: Aldeias de Montanha, Aldeias Históricas de Portugal e Aldeias do Xisto.
O dia começou nas Casas da Lapa, situadas na Aldeia de Montanha de Lapa dos Dinheiros, Seia, onde teve lugar um pequeno-almoço regional. Seguiu-se uma deslocação à Praia Fluvial da Aldeia de Montanha de Loriga e um contacto com a empresa Abicarnes, na Aldeia de Montanha de Valezim. A iniciativa terminou com uma visita à Aldeia Histórica de Linhares da Beira, Celorico da Beira.
A deslocação foi acompanhada pelo presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, e pelos coordenadores das Aldeias de Montanha, Aldeias Históricas de Portugal e Aldeias do Xisto, respetivamente Célia Gonçalves, Dalila Dias e Rui Simão, assim como por autarcas e outras individualidades da região.
Na ocasião, a ministra destacou a ligação cada vez mais estreita entre o setor primário – a agricultura – e o turismo, exemplificando com as redes das Aldeias de Montanha, do Xisto ou Históricas de Portugal. “Este território não ficou à espera que as coisas acontecessem” e vançou com projetos que “envolvem as comunidades locais das aldeias” e que se situam “maioritariamente no interior”. “Esta rede simbiótica de aldeias deste território do Centro de Portugal faz a diferença e não é de hoje, nem deste verão, nem deste contexto pandémico, é desde há muito tempo a esta parte e estes projetos fazem-no com uma persistência que faz acontecer”, elogiou a ministra da Agricultura.
“O desenvolvimento agrícola é determinante para a vitalidade de territórios como estes, para poderem alimentar todos os setores conexos, como é o caso do turismo, e só por isso vale a pena estar aqui a celebrar o Dia Mundial do Turismo, reforçando o papel determinante para o desenvolvimento rural, para a criação de emprego qualificado, para uma vitalidade dos territórios que combatem o abandono e a desertificação. Estamos a criar aqui condições para manter os pastores, os agricultores, as espécies autóctones”, sublinhou Maria do Céu Antunes.
Pedro Machado, por sua vez, frisou que a pandemia em que vivemos, apesar de ter “fechado portas, nomeadamente as aeroportuárias de mercados decisivos para o Centro de Portugal, como o Brasil, Alemanha, França, abriu algumas janelas“. “Janelas de oportunidade para territórios como aquele onde estamos hoje, janelas de oportunidade para o turismo ativo, para o cicloturismo, para a gastronomia, para a saúde e bem-estar, para muitos daqueles produtos que são o portefólio que temos, com vantagem competitiva no Centro de Portugal“, disse. “Muitos portugueses redescobriram o seu próprio país e não só tiveram boas surpresas, como acredito que vão voltar em 2021 e em 2022 e, mais do que isso, vão recomendar aos amigos e colegas de trabalho, mas também nas redes sociais onde vão instagramar muito daquilo que puderam observar e, seguramente, essa janela de oportunidade vai servir para reforçar estes três projetos que aqui falámos hoje“, acrescentou.
Por parte das Aldeias de Montanha, Célia Gonçalves realçou igualmente a forte ligação entre o mundo rural e a atividade turística, exemplificando com o que se passa na rede que coordena. “A autenticidade das aldeias está presente nas experiências turísticas que estes territórios proporcionam a quem os visita. A atividade turística está cada vez mais próxima das comunidades locais”, considerou.
Rui Simão apresentou as principais características intrínsecas das Aldeias do Xisto, nomeadamente a “paisagem, que é o primeiro anfitrião do turista” e deu a conhecer os principais objetivos da rede, como “desenvolver bens e serviços que sejam significantes para os lugares e para os habitantes”. Como exemplo, deu a plataforma Book in Xisto, que permite a reserva online de alojamento e experiências nas várias Aldeias do Xisto.
Dalila Dias realçou que as três redes são “uma importante mais-valia para a região Centro”, destacando a dualidade sempre presente entre o espaço rural e a dimensão turística. “As 12 Aldeias Históricas de Portugal têm tirado partido desta ligação. São 12 aldeias com monumentos nacionais, com um lado patrimonial que é fundamental preservar”, mas que se complementam com experiências diversificadas, exemplificando com “a maior rota de walking e cycling do país”, entre outras propostas. “Os recursos já estão cá, vamos dar-lhes uma nova vida”, concluiu.
Passatempo premeia seguidores do Turismo do Centro nas redes sociais
Paralelamente, e também para celebrar o Dia Mundial do Turismo, o Turismo de Centro vai organizar um passatempo nas suas páginas nas redes sociais Facebook (www.facebook.com/
No passatempo, os seguidores da entidade são convidados a exprimir, com frases criativas, o que diferencia e torna especiais as aldeias do Centro de Portugal. As melhores frases ganharão estadias e experiências em unidades de referência das Aldeias de Montanha, Aldeias Históricas de Portugal e Aldeias do Xisto.
“Entendemos criar estes passatempos, aproveitando as redes sociais e aquilo que podem significar na acessibilidade para mais cidadãos poderem usufruir de estadias e experiências no Centro de Portugal“, explicou Pedro Machado na apresentação.
Os três projetos envolvidos no passatempo – Aldeias de Montanha; Aldeias Históricas de Portugal e Aldeias do Xisto – oferecem, cada uma delas, duas noites em dois locais distintos de cada um dos projetos para usufruírem de espaços, experiências turísticas e culturais que cada uma destas aldeias proporciona.
Todos os pormenores do passatempo podem ser conhecidos em www.turismodocentro.pt.