Três museus municipais do centro histórico de Viseu abertos ao domingo no verão

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Três museus da rede municipal situados no centro histórico de Viseu vão, no próximo verão, estar abertos aos domingos, com o objetivo de captar turistas, anunciou a vereadora da Cultura da autarquia, Leonor Barata.

O Museu de História da Cidade, o Museu Almeida Moreira e o Museu Keil do Amaral ficarão abertos aos domingos entre os dias 15 de junho e 15 de setembro.

“Sabemos que não temos uma procura exacerbada [aos domingos], mas, ainda assim, vamos tentar promover várias atividades durante estes meses de verão para ver se inserimos os nossos museus no passeio de domingo”, explicou Leonor Barata, em conferência de imprensa.

No entender da vereadora, ao domingo, “ou há programas muito específicos dentro dos museus, como uma oficina, uma mesa-redonda ou o lançamento de um livro”, ou então esse “não é um dia de visita”.

Leonor Barata avançou também que, “a partir do verão, haverá uma nova maneira de visitar estes museus”, através de visitas virtuais a três dimensões.

“Construímos uma visita virtual que permite o acesso a todos os espaços museológicos municipais à distância. Não substitui a visita presencial, mas quem está longe, quem quer fazer trabalho ou quem tem uma curiosidade, consegue ter acesso a pequenos vídeos ilustrativos”, através do portal turístico de Viseu (www.visitviseu.pt), explicou.

Leonor Barata justificou que, aproveitando a celebração do Dia Internacional dos Museus (no próximo dia 18), o município decidiu lançar hoje várias iniciativas e atividades, “e até um novo pensamento estrutural sobre a realidade dos museus”, na sequência de um trabalho que tem sido desenvolvido ao longo do último ano.

Outra das novidades apresentada na conferência de imprensa foi a uniformização da marca dos oito museus da rede municipal, que terão novos logótipos, inseridos num octógono, “para marcar a identidade territorial”.

Com esta uniformização, a Câmara pretende “que se perceba que, apesar de serem todos diferentes, [os oito museus] são todos ramos da mesma árvore”, frisou.

Foram também feitos novos materiais de divulgação, que estarão disponíveis a partir do dia 18, com o objetivo de fornecer informações mais detalhadas sobre o que se passa nos museus.

Segundo a vereadora, foi criado “um pequeno livro que junta informação de todos os museus municipais, para que a informação não esteja dispersa”, e, depois, folhas individuais de cada um deles.

Para celebrar o Dia Internacional dos Museus, o município preparou um programa que se estende de 18 a 21 de maio.

O Museu da História da Cidade pretende “reavivar” a Imagoteca Municipal, através do roteiro “Refotografar Viseu”, que desafia os participantes a percorrerem o centro histórico para refazerem fotografias da primeira metade do século XX, no dia 20.

Para os quatro dias, estão previstas 30 atividades, destacando Leonor Barata a mesa-redonda “O que pode um museu? Do bem-estar à sustentabilidade” (dia 18), com a participação de um psiquiatra e de um museólogo, a realizar no Museu Keil do Amaral.

A vereadora referiu também que será inaugurada a exposição “Ecos da ida e do retorno” (dia 20), no Museu do Linho de Várzea de Calde, numa parceria com a Binaural e que integra “obras relativas à emigração na freguesia de Calde”.

O programa, hoje divulgado, inclui ainda oficinas criativas nos museus do Linho de Várzea de Calde, História da Cidade e Almeida Moreira e Casa da Ribeira, um percurso pelo Parque Linear do Pavia, um passeio geológico pelo Monte de Santa Luzia, visitas guiadas, curtas-metragens e aulas de desenho.

O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, destacou a qualidade e a dimensão da rede de museus do concelho, que permitiu, “além de conservar o acervo mais importante, ir dando à estampa nomes de viseenses”.