Três centenas de ninhos de vespa asiática foram destruídos este ano em Tondela

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Três centenas de ninhos de vespa asiática, situados maioritariamente em árvores, foram eliminados no concelho de Tondela desde o início deste ano, disse hoje à agência Lusa o vereador responsável pela Proteção Civil.

De acordo com Miguel Torres, a estes acrescem 25 ninhos que já foram identificados e que serão eliminados em breve.

“Em regra, demora entre sete e 15 dias a eliminação depois da sinalização, consoante o grau de prioridade definida”, explicou o vereador, acrescentando que “os ninhos identificados e destruídos estão maioritariamente em árvores”, quase sempre a grande altitude.

Hoje de manhã, um homem de 38 anos morreu na localidade de Mosteirinho, naquele concelho do distrito de Viseu, supostamente depois de ter sido mordido por uma vespa asiática.

“Andavam várias pessoas a deitar pinheiros abaixo e um deles tinha um ninho de vespa asiática. O ninho caiu, desfez-se e elas soltaram-se”, contou à Lusa o oficial de Relações Públicas do Comando Territorial de Viseu da GNR, tenente-coronel António Dias.

Segundo António Dias, “supostamente, o homem terá sido mordido por uma delas, mas só a autópsia é que poderá confirmar” a suspeita.

Miguel Torres referiu que “o ninho em causa, na localidade de Mosteirinho, não estava identificado, encontrando-se dentro de espaço florestal, bem distante do aglomerado urbano”.

Atendendo à “dimensão do problema, é absolutamente impensável identificar todos os ninhos existentes no espaço florestal, nomeadamente em zonas não urbanas”, frisou.

O responsável explicou que, após a sinalização de um ninho, é verificado se é mesmo de vespa asiática e, “não o sendo, não se procede à sua eliminação, já que essa é a prática seguida nos demais serviços públicos”.

Caso se confirme que se trata de um ninho de vespa asiática, é dada prioridade à eliminação daqueles cuja localização se situa “junto de aglomerados populacionais ou junto de espaços de circulação frequente de pessoas”.

Segundo Miguel Torres, “o município tem um conjunto de entidades externas (apicultores) para este efeito, a que recorre para a eliminação dos ninhos prioritários”.

“Os serviços do município recebem as sinalizações e, de imediato, as entidades que prestam o serviço são mobilizadas para atuar”, explicou, acrescentando que esse trabalho é feito em articulação com os serviços de Ambiente da GNR.