Teatro Viriato terá duas estreias absolutas até final do ano

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O Teatro Viriato, de Viseu, vai disponibilizar 29 atividades até ao final do ano, de disciplinas artísticas como dança, teatro, literatura, cinema, novo circo, fotografia, performance e música, entre as quais se encontram duas estreias absolutas.

“De setembro a dezembro, mantemos a missão que nos define: ser espaço de descoberta, de discussão, de provocação e de convite a olharmos o mundo e refletirmos sobre tantas realidades que nos tocam”, refere o Teatro Viriato, em comunicado.

As estreias estão marcadas para 22 de outubro e 05 de novembro, com os espetáculos “Esquecimento”, do Teatro da Cidade, e “A importância de ser Marguerite Duras”, de Miguel Bonnville, respetivamente.

“Esquecimento”, uma criação coletiva do Teatro da Cidade que nasce de uma reflexão sobre o Direito ao Esquecimento, presente na Nova Carta dos Direitos Humanos na Era Digital, será apresentado pela primeira vez a 22 de outubro, com interpretação de Bernardo Souto, Guilherme Gomes, João Reixa, Nídia Roque e Rita Cabaço.

A segunda estreia está marcada para 05 de novembro, com o espetáculo de dança “A importância de ser Marguerite Duras”, que tem como ponto de partida a obra da escritora, cineasta e dramaturga francesa, que “é habitada por personagens em busca de amor até aos limites da loucura ou do crime”.

A nova temporada arranca no próximo dia 17, com “Pas D’Agitation”, de Olga Roriz, uma “performance-instalação” de dança e vídeo ao vivo, que conta com um elenco de quatro intérpretes e um artista visual e se inspira nos oceanos.

Segundo o Teatro Viriato, nesta temporada haverá tempo para fazer uma “viagem pela importância dos oceanos para a humanidade”, abordar “o choque emocional provocado pela pandemia de covid-19 com a apresentação do livro ‘Sentimentos Públicos’, de Ana Pais” e recuar “aos primórdios de ‘O Nascimento da Arte’, com António Jorge Gonçalves e Filipe Raposo”.

O público será ainda confrontado “com a digitalização da cultura num espetáculo transmedia de João Estevens” e poderá ver interpretações da “nova geração de bailarinos, que irão abraçar e dar uma nova roupagem a uma das mais icónicas coreografias de Paulo Ribeiro”, acrescenta.

Estão previstas remontagens de duas produções da Companhia Paulo Ribeiro, nomeadamente “Ceci n’est pas un film” (11 de outubro), que volta a colocar em palco “uma viagem por imagens do passado e do futuro, que sugerem a elevação do amor”, e “Rumor de deuses” (26 de novembro), que cria “uma espécie de cerimónia ou celebração metafísica onde o corpo é o veículo de comunicação por excelência”.

A compositora e violoncelista Julia Kent, que “recorre à eletrónica processada e samples para a evocação de paisagens surrealistas”, e o artista visual Antoine Schmitt sobem ao palco no dia 29 de outubro para um concerto que, segundo o Teatro Viriato, será “inédito e único em Portugal”.

A programação agora divulgada mantém em destaque a inclusão e a acessibilidade, com a organização do “5.º Encludança- Encontro Internacional de Arte e Acessibilidade”, aberto a todos que querem contribuir para uma sociedade mais inclusiva.

“Neste evento, que prevê a realização de formações, exibição de filme e apresentações artísticas, procuraremos questionar os diferentes modos de utilização dos conceitos ‘diferença’ e ‘inclusão'”, sublinha o Teatro Viriato.

Uma das novidades é a parceria do Teatro Viriato com a companhia Dançando com a Diferença na candidatura ao programa EEA Grants Portugal, através da qual as escolas da região de Viseu terão a oportunidade de acolher a apresentação de um espetáculo de Novo Circo.

“É o regresso a esta disciplina artística tão acarinhada pelo Teatro Viriato e pelo público do distrito. Um regresso que também se materializa com a organização de uma oficina para os mais pequenos, que se irá realizar nas férias escolares do Natal”, acrescenta.

A programação fica também marcada pela presença de parceiros do Teatro Viriato, como o Cine Clube de Viseu, através do Vistacurta, a escola de dança Lugar Presente, através do Festival Lugar Futuro, e a Associação Pausa Possível, através do concerto de Julia Kent e Antoine Schmitt.