– 05, sábado, 21h, Centro Cultural Maria Amélia Laranjeira, Amarante;
– 06, domingo, 16h, Emergente Centro Cultural, Marco de Canaveses;
– 11, sexta-feira, 21h, Auditório Municipal, Resende;
– 12, sábado, 21h, Casa de Chavães, Baião;
– 13, domingo, 16h, Auditório Municipal, Castelo de Paiva
Ricardo Alves
ENCENAÇÃO
Paulo Duarte
INTERPRETAÇÃO
Adolfo Campos
António Magalhães
Daniel Figueiredo
Eduardo Correia
Francisco Magalhães
Jorge Pereira
Pereira da Silva
ARRANJO MUSICAL
Daniel Figueiredo
ESPAÇO CÉNICO E ADEREÇOS
Teatro do Montemuro
CONSTRUÇÃO DE ESPAÇO CÉNICO E ADEREÇOS
Carlos Cal
Maria da Conceição Almeida
FIGURINOS
Maria da Conceição Almeida
DESENHO DE LUZ
Paulo Duarte
DIREÇÃO DE CENA
Abel Duarte
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO
Paula Teixeira
ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO E COMUNICAÇÃO/FOTOGRAFIA E VÍDEO
Marta de Baptista
AGRADECIMENTOS
Ángel Fragua, Junta de freguesia de Vila Boa de Quires e Maureles, Paróquia de São Martinho de Mouros, Santa Casa da Misericórdia de Resende, União das Freguesias de Amarante – São Gonçalo, Madalena, Cepelos e Gatão
SINOPSE
“E mais a mais, cada um faz o que quer com as histórias que aprende.”
A primeira coisa que se tem que fazer para contar uma história é ouvir. Depois decidir se se a reconta ou não. Se se decidir recontar pode-se pensar o que se vai mudar e o que se vai passar para o próximo ouvinte. Ou então deixar o mecanismo da memória selectiva escolher os factos que nos tocaram e merecem ser recontados e quais os que devemos actualizar ou personalizar.
E é à soma de todas essas histórias e das suas adaptações que se chama memória colectiva. A tradição oral vai mantendo a sua importância inalterada porque se vai alterando com o tempo.
“Quem conta um conto acrescenta um ponto. Se você levar a história escrita fixa-a para sempre. Até parece que a história morre. As histórias querem-se livres, a mudar todos os dias. A crescerem e a adaptarem-se aos dias que passam.”
E as histórias nascem num lugar. Podem renascer noutro, mas já são novas histórias, apesar de serem iguais a outras. O Douro tem o seu próprio imaginário. Deverão haver centenas de penedos de cornudos espalhados pelo mundo, mas o penedo da Serra da Aboboreira é especial porque soubemos trazer a sua lenda até aos dias de hoje. E se alguma coisa esta história prova é que há coisas que não mudam. Quem tem tempo livre inventa histórias. Transforma em narrativas as suas angústias. Serei cornudo ou não serei? Vou perguntar à pedra.
“Eu vou-lhe explicar como a coisa funciona. Você vai lá e atira uma pedra para cima do penedo, se ela ficar lá em cima equilibrada é porque a sua mulher sempre lhe foi fiel. Se a pedra cair ao chão, prontos, tem um par de cornos, mas prontos são os cornos pequeninos que sua mulher só o traiu uma vez. Deve ter sido por curiosidade. E nesse caso você só tem uma solução, pega na pedra e atira outra vez. Se ficar em cima é porque foi mesmo por curiosidade, se voltar a cair foi porque a primeira traição correu bem e ela quis mais. E é assim enquanto a pedra cair você vai contando as vezes que ela o traiu. Só pára quando a pedra ficar lá em cima ou então quando se cansar. Percebeu? Mas também lhe digo uma coisa: No penedo de Travanca há mais pedrinhas no chão, que as que ele carrega nas costas.”