«MANGUALDE, O NOSSO PATRIMÓNIO!»:SEGUNDO DESTAQUE DE MAIO É O CHAFARIZ DA CUNHA BAIXA

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campanha «Mangualde, o nosso património!» destaca nesta segunda quinzena de maio o Chafariz da Cunha Baixa. Promovida pela autarquia, esta campanha tem como objetivo aproximar a população do património mangualdense do mais belo que existe no concelho. Com esta campanha todos ficam mais próximos do vasto esplendor patrimonial do concelho. Nesse sentido, continua a ser colocada, nos meios digitais do município, a informação sobre o monumento/património apresentado.

CHAFARIZ – ÁGUA À MEDIDA DE CADA UM
Numa época em que o abastecimento de água às populações se tornava, cada vez mais, num imperativo e num sinal de desenvolvimento social, porque este precioso líquido não chegava à casa de cada família, os fontenários constituíram-se como equipamento essencial das cidades, vilas e, sobretudo, das aldeias. Longe de ser um equipamento decorativo, não deixava, contudo, de emprestar os seus atributos arquitectónicos à função prática a que se destinava.
A tipologia deste fontenário, ou chafariz, é tipicamente do Estado Novo. Vários são os exemplares idênticos a este – distintos em pequenas nuances, como o tamanho e alguns pormenores de decoração, basicamente – erigido na localidade de Cunha Baixa que povoam as localidades e bordejam as estradas nacionais do país. Trata-se de uma tipologia típica das décadas de 1950 e 1960. À boa maneira da Ditadura Nacional, embora obedecessem a “desenhos unicistas” emanados do poder central, estes equipamentos, a par de outros, como as escolas primárias, por exemplo, eram custeados por individualidades das povoações, num exercício de caciquismo local.
Coordenadas geográficas: 40° 33.981’N; 7° 45.627’W
António Tavares, Gabinete de Gestão e Programação do Património Cultural da CMM

Foram já vários os bens patrimoniais destacados por esta campanha nos últimos anos. A título de exemplo, já foram destacados os Refrigerantes Condestável de Abrunhosa do Mato, os Bordados de Tibaldinho, a Casa dos Condes de Mangualde, a Fonte de Ricardina, vestígios arqueológicos ao tempo do Império Romano em Pinheiro de Tavares, a Capela de São Domingos de Ançada, a Carvalha, a Capela de Santo António em Mesquitela, a Fundação de Nossa Senhora da Saúde de Cunha Alta, os símbolos maçónicos e o Solar de Santa Eufémia. Mais recentemente, estiveram em destaque o Santuário de Santa Luzia, em Freixiosa; a Casa de Darei, na aldeia de Darei, freguesia de Mangualde, a Igreja Matriz de Várzea de Tavares, a Calçada Romana de Mourilhe; a Igreja de São Pedro de Cunha Alta; e a Capela de São Sebastião, em Santiago de Cassurrães, a Alminha de Tabosa, a Capela de São Domingos de Vila Mendo, o Pontão da Amieira, em Quintela de Azurara, o Depósito da Cruz da Mata, a “Senhora da Graça, ou do Alqueve – Fortaleza de Deus?”, o Portal Quinhentista de Pinheiro de Tavares e as Estelas funerárias de Abrunhosa do Mato.