O presidente da Câmara de Resende, Garcez Trindade, disse ontem haver, atualmente, duas extensões de saúde no concelho sem médico de família, porque os profissionais foram deslocados para a Área de Diagnóstico de Covid-19, em Cinfães.
Segundo o autarca, os problemas ocorrem nas extensões de saúde de São Martinho de Mouros, na parte oriental do concelho, e São Cipriano, no lado mais ocidental.
Ambas as extensões, frisou, servem várias freguesias e milhares de pessoas.
Resta naquele concelho do norte do distrito de Viseu o centro de saúde da vila, que também viu alguns profissionais deslocados, e o serviço de urgência.
O autarca diz haver relatos de pessoas daquelas zonas do município que não conseguem ser vistas por um médico, inclusive algumas que pretendiam obter uma credencial para fazer o teste à codiv-19. Queixou-se, também, de haver dificuldades de comunicação com o Centro de Saúde de Resende.
Garcez Trindade falava hoje aos jornalistas, após a visita que, acompanhado de outros autarcas da região, efetuou ao “Covid Drive” de Marco de Canaveses, um serviço destinado a fazer testes ao novo coronavírus, servindo a população dos concelhos do Baixo Tâmega (Amarante, Baião, Celorico de Basto, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende).
O autarca acentuou que tem reportado às entidades oficiais, nomeadamente ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Baixo Tâmega, a questão de não haver clínicos gerais nas duas extensões de saúde do concelho, mas não obteve resposta até ao momento.
O edil pediu mais agilidade na resolução da questão, num concelho onde, lamentou, o número de médicos de família já era inferior às necessidades antes da pandemia da covid-19.
Portugal cumpre até 02 de maio o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, devido à pandemia de covid-19, que já causou 820 mortos no país.