Rede cultural de municípios do Alto Mondego aposta na dança, música e artes urbanas

A rede cultural do Alto Mondego apresentou , dia 22, a programação para dois anos de ações de formação junto das comunidades, para criarem espetáculos de dança, música, artes urbanas e slackline, num um investimento de 300 mil euros.

“A estratégia em rede continua e foi aprovado [no âmbito do programa operacional Centro 2020] o financiamento de quase 300 mil euros”, que “era o limite para ações a desenvolver nos quatro municípios” que integram o projeto – Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde e Nelas – disse à agência Lusa, o presidente da Câmara de Nelas, José Borges da Silva.

“O conjunto de ações previstas começam já este ano, em 2021, e outras em 2022 e têm muito a ver com quatro grandes áreas”, adiantou o autarca, que foi o anfitrião da apresentação, hoje, em Nelas, da programação da rede cultural.

Essas quatro áreas de intervenção são a dança, a música, as artes urbanas e o slackline, especificou o presidente da Câmara daquela vila do distrito de Viseu, considerando que estas últimas duas áreas “são de grande interesse junto do público mais jovem”.

“A primeira área a ser desenvolvida, entre junho e agosto de 2021, será o slackline, que é um desporto novo, que a juventude tem abraçado e que, na prática, consiste no equilíbrio numa linha dinâmica”, explicou.

Para isso, adiantou, os quatro municípios comprometeram-se em “construir campos nos seus territórios para a prática desta modalidade de equilíbrio sobre uma linha onde se fazem manobras e truques”.

Para “animar esta ação há um atleta profissional, o Rui Mimoso, que é campeão nacional” da modalidade, sublinhou.

“Temos de criar ofertas no nosso território com igualdade de oportunidades, relativamente às novas realidades que existem noutros locais, nomeadamente nos grandes centros urbanos, como é o caso do slackline”, sustentou José Borges da Silva.

A apresentação da programação para os quatro municípios da rede cultural do Alto Mondego, reuniu , em Nelas, os quatro presidentes das respetivas câmaras – Elísio Oliveira, de Mangualde (distrito de Viseu) e Manuel Fonseca e Luís Tadeu Marques, respetivamente, de Fornos de Algodres e de Gouveia (distrito da Guarda), para além de José Borges da Silva.

Outra componente a apresentar ainda em 2021, “é a arte urbana em que, em cada um dos quatro municípios, será realizado um ‘workshop’ de 30 horas sobre arte urbana que será dinamizado pelo artista plástico Desy CXXIII, onde serão ensinadas técnicas de execução de graffiti e arte urbana com sprays e tinta acrílica e que irá permitir embelezar o meio urbano”.

Na área da música serão feitos “diagnósticos nos quatro territórios, para identificar associações de modo a criar capacitação”, com os músicos Artur e Bitocas Fernandes, entre janeiro e maio de 2022.

“Os dinamizadores, juntamente com as associações locais irão apresentar oito espetáculos pelo território do Alto Mondego onde participarão diversas formações instrumentais ou corais, de acordo com as tradições e realidades locais que saírem do levantamento artístico”, explicou.

Também 2022, Marta Silva e Marta Coutinho serão as responsáveis pelas “ações de formação em artes performativas, que têm vasta experiência na área da dança e, numa primeira fase será feito um diagnóstico junto de, pelo menos, duas associações por município”.

“Serão realizados seis módulos de investigação à ação criativa, de quatro horas cada, em cada município e, desse resultado de colaboração e co-criação, serão feitas residências finais, ensaios ‘in loco’ e quatro espetáculos, um em cada município da rede cultural”, precisou.

José Borges da Silva defendeu ainda que a opção de trabalhar em rede “é a inevitabilidade dos novos tempos”, porque além de “os custos serem menores para cada município, é também mais atrativo em termos turísticos”.

“É uma consequência lógica do que já existe, porque não faz sentido os municípios estarem a desenvolver projetos, seja industrial, social ou como este cultural, que não passe pelo município vizinho e de âmbito regional. Na cultura o público é praticamente sempre de dimensão regional”, justificou.

A rede cultural do Alto Mondego viu aprovada em janeiro desde ano, a candidatura a financiamento europeu, no âmbito do programa Centro 2020, no valor de 300 mil euros para dois anos, sendo comparticipada a 100%, no primeiro, e a 95%, no segundo ano.

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