Reabertura da EN2 em Castro Daire prevista para o verão

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O presidente da Câmara Municipal de Castro Daire disse ontem que a reabertura da Estrada Nacional (EN) 2, cortada desde dezembro neste concelho, poderá ocorrer no verão, “se não aparecer nenhum entrave”.

“O senhor secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, deu-me uma nota muito positiva ao dizer que a obra tem um caráter urgente e, como tal, não haverá concurso e, tudo a correr bem, com os três a quatro meses de intervenção, a reabertura da EN2 poderá acontecer lá para junho ou julho, se não aparecer nenhum entrave”, afirmou Paulo Almeida.

Segundo o autarca, o secretário de Estado transmitiu que, neste momento, está em curso “o projeto em execução, que estará pronto até ao início do mês de março”.

“Depois é mais ou menos um mês para apresentação de propostas” para a requalificação da estrada que atravessa o município, acrescentou.

A EN2 ficou cortada na sequência de um aluimento de terras entre os quilómetros 138 e 142, entre Mós e Ponte Pedrinha, no concelho de Castro Daire, distrito de Viseu, aquando da depressão Elsa, em 19 de dezembro de 2019, provocando a queda de uma máquina retroescavadora e a morte do seu motorista.

Hoje, no seguimento de uma visita do secretário de Estado das Infraestruturas ao local, o presidente da Câmara de Castro Daire tornou “a pedir para haver possibilidade de o troço da Autoestrada 24 (A24), que atravessa o concelho, ser gratuito de forma permanente ou mais económica” para os munícipes.

Neste momento, e a pedido da autarquia, o troço entre Castro Daire e Termas do Carvalhal está isento de pagamento, enquanto a EN2 estiver cortada.

“Sobre a isenção permanente, o senhor secretário de Estado não me deu qualquer resposta, nem houve qualquer avanço nesta reunião de hoje, porque já são pedidos antigos, este e o da Estrada Nacional 225 (EN225) que piorou com o mau tempo de

dezembro”, referiu.

A EN225, que liga Castro Daire a Arouca, pelo vale do rio Paiva, foi alvo de uma petição pública, organizada pela autarquia, que já levou a que houvesse várias audições com os grupos parlamentares e pela Comissão de Obras Públicas e, “agora, vai ser discutida, no final deste mês, na Assembleia da República”, adiantou Paulo Almeida.

“É uma dificuldade imensa aquela estrada e não houve nenhuma situação dramática na altura do mau tempo em dezembro, mas tivemos uma série de aluimentos e quedas de barreiras que podem, no futuro, causar um impacto negativo, porque, efetivamente, ela carece de uma intervenção urgente”, considerou.

De acordo com o presidente da câmara, havia “um compromisso por parte do senhor secretário de Estado, ainda da anterior legislatura, de que em breve iria haver novidades” sobre a EN225, apesar de, nesta visita, “não ter trazido nenhuma novidade em concreto”.