Quercus quer que APA e autarquias solucionem “problema de poluição” nos rios de Viseu

A presidente da Quercus disse ontem que quer que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e as Câmaras municipais das regiões envolvidas solucionem “o problema de poluição das águas” dos rios da região de Viseu.

“Estamos a fazer um documento devidamente fundamentado para expor esta situação às entidades competentes, porque são coisas que se arrastam há muito tempo, mas tem de haver uma solução à vista, nomeadamente por parte das câmaras municipais e da APA”, assumiu Paula Silva.

A presidente da Quercus falava à agência Lusa após um dia de visitas a ribeiras e rios nos concelhos de Nelas, Mangualde, Viseu, Tondela e Mortágua e a Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) para “verificação da poluição proveniente dos resíduos” das ETAR ou zonas industriais.

A convite da Associação Ambiental em Zonas Uraníferas (AZU), Paula Silva visitou a ribeira da Pantanha, nas Caldas da Felgueira, que tem “poluição proveniente dos resíduos da Zona Industrial do Pisco”, concelho de Nelas, e a ribeira de Dardavaz, “pela poluição da Zona Industrial da Adiça”, concelho de Tondela.

A visita também passou pelo rio Dão, na zona de Póvoa Dão, Silgueiros, concelho de Viseu, “pela poluição dos esgotos não tratados” e no mesmo rio na região da ETAR Lavandeira de Mangualde, que abrange também os concelhos de Carregal do Sal, Tondela e Santa Comba Dão, “pela poluição proveniente desta estação”.

O documento pode não passar “somente por uma recomendação”, uma vez que a exposição às entidades “tem de ser mais forte”, apesar de ainda não querer adiantar mais pormenores, porque “o documento vai ser discutido entre todos os parceiros”.

Paula Silva disse que “existem coimas, mas depois as coisas continuam e as populações são afetadas e, neste caso, atinge toda a população do Centro” e “a qualidade da água que também penetra no solo e não se pode regar” e também “não se sabe bem que químicos é que estão presentes e as suas consequências e isto tem efeitos nefastos” no ambiente e pessoas.

O presidente da AZU, que promoveu as visitas de hoje, contou à agência Lusa que “esta poluição vai contra as normas europeias que dizem que os impactos ambientais nos rios têm de ser cada vez mais diminuídos” e, por isso, considerou que “é um crime” o que está a ser feito nas águas dos rios.

“Estamos numa barragem importante [da Aguieira], enquanto recurso natural de água, para efeitos de seca e junto das populações, uma vez que o rio Mondego serve a região de Coimbra. Estamos numa área de grande importância de recursos naturais e de defesa da água”, lembrou António Minhoto.

Neste sentido, anunciou que em julho vai ser organizada uma conferência sobre a água, em dois moldes, uma no distrito de Castelo Branco, envolvendo o Tejo e o Zêzere, e outra no distrito de Viseu, envolvendo todos os rios desde o Mondego ao Douro.

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