Preocupados com os problemas de saúde que surgem após a infeção por COVID-19, médicos alertam para a necessidade de avaliação médica precoce e acompanhamento das pessoas que estiveram infetadas e que já estão sem risco de contágio.
“Após a recuperação da COVID-19 podem persistir sintomas por semanas ou meses com um impacto significativo na qualidade de vida dos doentes” quem o diz é Luís Nogueira, Coordenador de Medicina Geral e Familiar no Hospital CUF Viseu, que alerta: as queixas mais comuns prendem-se com fadiga e cansaço muscular, dificuldade respiratória, disfunção cognitiva, perda de olfato e de paladar – que não podem ser ignoradas, pelo contrário, têm de ser avaliadas precocemente”.
Através da avaliação médica pode ser identificada a necessidade de realização de exames complementares de diagnóstico, cujos resultados podem levar à necessidade de avaliação multidisciplinar, motivando, por exemplo, a referenciação para especialistas de pneumologia, cardiologia, otorrinolaringologia, psiquiatria ou de neurologia.
“Independentemente de manifestar ou não sintomas após a infeção, é fundamental procurar o seu médico de medicina geral e familiar para garantir uma avaliação e acompanhamento contínuo desta doença”. A altura ideal para avaliação de potenciais impactos e necessidades de tratamento ou reabilitação é “entre as 6 a 8 semanas após a infeção aguda ou antes deste período caso exista impacto nas atividades quotidianas”, explica Luís Nogueira.
Atendendo a esta necessidade de avaliação e acompanhamento, a CUF acaba de disponibilizar a Consulta Pós COVID-19, em várias unidades de norte a sul do país – entre as quais o Hospital CUF Viseu. O objetivo desta consulta, que pode ser feita presencialmente ou por teleconsulta, é identificar, de forma precoce, se estão presentes sequelas que podem ser alvo de reabilitação para conseguir uma recuperação total, qualquer que tenha sido a intensidade da doença apresentada inicialmente.