Quatro milhões de euros vão ser investidos para criar melhores condições de acesso a bens culturais, através da reabilitação, salvaguarda, conservação, restauro e valorização de sete monumentos nacionais dos distritos de Coimbra e Viseu.
Segundo a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), nos últimos meses, foram aprovadas sete candidaturas no contexto do Programa Operacional Centro 2020.
Destes projetos, já se encontram em execução as obras do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha (Coimbra), da igreja do Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão (Mangualde) e da Igreja do Carmo (Coimbra).
Até ao final do primeiro semestre deste ano devem iniciar-se as obras no Mosteiro de Celas, de Coimbra, na Sé Nova e na Sé Velha da mesma cidade e também na Sé de Viseu.
“Em 2022, a Região Centro terá ao seu dispor um património requalificado e com melhores condições para assegurar a salvaguarda e promoção de parte da sua história e identidade e, de igual modo, um património valorizado que irá contribuir para superar os desafios que se avizinham do ponto de vista do desenvolvimento e promoção territorial”, sublinha a diretora regiona de Cultura do Centro, Suzana Menezes.
A responsável alerta que, no entanto, “há ainda muito a fazer, porque a preservação e salvaguarda patrimonial é um trabalho continuado no tempo”.
Neste âmbito, a Estratégia Regional de Cultura 2030 tem como um dos seus objetivos “a reabilitação, valorização e dinamização do património cultural através de um plano sistemático, de escala regional, que atenda às necessidades do património móvel e imóvel, material e imaterial da região Centro”, acrescenta.
Orçadas em 641.721,21 euros, as obras no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha – consideradas necessárias na sequência das cheias ocorridas em 2016, que provocaram danos significativos no imóvel – começaram em maio de 2020 e devem ficar concluídas em setembro deste ano.
Na cidade de Coimbra, tiveram também início obras que visam a conservação e beneficiação da Igreja do Carmo e do seu valor patrimonial, com um custo total de 203.970 euros, que devem terminar daqui a um ano.
Em Mangualde, no distrito de Viseu, em outubro de 2020, arrancou a intervenção na igreja do Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão, devido à necessidade de suster a sua ruína. Orçada em 500 mil euros, a obra deve estar concluída no final deste ano.
A DRCC conta arrancar, em abril, com as obras no Mosteiro de Celas (271.402 euros) e na Sé Nova (415.522,50 euros) de Coimbra.
No Mosteiro de Celas, “além da revisão e substituição de elementos danificados no revestimento em telha cerâmica, a intervenção abrange ações de conservação e restauro no âmbito da estabilização de elementos em pedra” e deverá terminar daqui a um ano.
Na mesma altura, devem estar concluídas as obras na Sé Nova, que garantirão “as reparações e o desenvolvimento de mecanismos necessários à proteção e salvaguarda do imóvel”.
Na Sé Velha de Coimbra, a intervenção (orçada em 410.140,95 euros) deverá arrancar no primeiro semestre de 2021 e durar um ano. Estão previstas “reparações e o desenvolvimento de mecanismos de proteção da envolvente do edificado”.
O montante mais avultado (1.348.097,96 euros) destina-se às obras na Sé de Viseu, cujo concurso público foi lançado na segunda-feira.
Esta é uma intervenção considerada estruturante, “que resultará na melhoria das condições de fruição deste espaço através de ações de salvaguarda do património, com particular foco na sua capacitação para o acesso de pessoas com mobilidade reduzida”.
A DRCC sublinha que estas sete intervenções são “estratégicas no quadro da capacidade de atração e desenvolvimento territorial”, sendo a sua concretização uma prioridade.
Paralelamente, a DRCC está a acompanhar mais 57 projetos de reabilitação de património, através de protocolos celebrados com municípios e outras entidades públicas e privadas.