Quase 700 operacionais envolvidos no combate a 16 incêndios

Cerca de 700 operacionais estavam envolvidos no combate a 16 incêndios, ao início da manhã de hoje, mas só três com frentes ativas, com o fogo em Serro Ventoso (Leiria) a concentrar o maior número de meios.

De acordo com a informação disponível no site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), cerca das 08:00 de hoje 681 operacionais, apoiados por 197 viaturas e cinco aeronaves combatiam 16 incêndios em vários pontos do país.

A mesma informação indica que àquela hora 10 destes fogos encontravam-se em fase de conclusão, três em resolução, havendo outros três, dois no distrito de Viseu e um no de Leiria, com frentes ativas e a mobilizar 232 bombeiros, 61 viaturas e quatro meios aéreos.

O incêndio a concentrar o maior número de meios deflagrou esta madrugada em Serro Ventoso e por volta das 08:20 as chamas estavam a ser combatidas por 123 operacionais, com o apoio de 34 viaturas e dois meios aéreos.

O alerta para este incêndio foi dado às 01:49, segundo adiantou à Lusa fonte da Proteção Civil.

O combate está a ser dificultado devido a “algumas condicionantes a nível do acesso” ao terreno, detalhou à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro de Leiria.

Nas últimas horas, de acordo com informação da ANEPC, entre as ocorrências de incêndios rurais a mobilizar mais meios de combate, destaca-se um fogo em Vinhais, no distrito de Bragança, que deflagrou na sexta-feira, pelas 22:30, está neste momento em fase de resolução, com a presença de mais de 200 operacionais, 64 viaturas e um meio aéreo.

Catorze distritos a norte do Tejo, incluindo Portalegre, entraram hoje em estado de alerta, até às 23:59 de terça-feira, devido às previsões meteorológicas de “significativo agravamento” do risco de incêndio.

Além de Portalegre, a medida abrange os distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

A declaração da situação de alerta foi anunciada na sexta-feira pela secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, numa conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Lisboa.

Na altura, Patrícia Gaspar disse que “é expectável que o risco de incêndio vá aumentar”, considerando as previsões meteorológicas de “aumento da temperatura, redução dos níveis de humidade relativa e aumento do vento”.

Face às previsões adversas, a Proteção Civil acionou para os mesmos distritos o estado especial de alerta laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro.

No âmbito do anúncio da declaração da situação de alerta, a secretária de Estado da Administração Interna alertou que as previsões meteorológicas apontam para “um período em que qualquer ignição, qualquer faísca, junto do espaço rural, pode efetivamente propiciar uma ocorrência de grandes dimensões”.

“Tolerância zero ao uso do fogo”, avisou Patrícia Gaspar, lembrando que a situação de alerta traz um conjunto de proibições e de restrições, como a circulação e permanência nos espaços florestais e “são totalmente proibidas queimas e queimadas, assim como fogo-de-artifício, trabalhos nos espaços rurais e nos espaços florestais, sobretudo com maquinaria”.

A situação de alerta implica ainda o reforço da prontidão dos meios e dos agentes que participam nas operações de prevenção e combate a incêndios rurais e “a ativação das estruturas de coordenação, quer de nível nacional, quer nos distritos onde esta declaração se aplica”, indicou a governante.

Também não são permitidos trabalhos florestais e rurais com equipamentos elétricos como motorroçadoras, corta-matos, destroçadores e máquinas com lâminas ou pá frontal.

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