O presidente da Câmara Municipal de Viseu disse hoje, no Dia do Município, que o concelho “é um exemplo a nível nacional” e pediu à população que não deixe “diminuir o trabalho e o orgulho” do que foi feito.
“Não poderia deixar de iniciar a minha intervenção agradecendo aos viseenses, naturalmente, o galardão que me foi destinado e que, hoje, aqui o recebi das mãos do senhor presidente da Assembleia, doutor Mota Faria”, disse.
Fernando Ruas reagiu assim à entrega que lhe foi feita hoje, Dia do Município, da Medalha de Ouro da cidade e do Viriato de Ouro, o mais alto galardão do município, e que lhe foi atribuído em 2013, pelo executivo do antigo presidente António Almeida Henriques.
Num discurso emotivo, as palavras foram essencialmente dirigidas aos familiares, aos galardoados do dia e aos viseenses, a quem também agradeceu a confiança “durante os [24] anos” que liderou a autarquia e pela “distinta confiança que reforçaram” nas últimas eleições para um novo mandato.
Fernando Ruas destacou que Viseu é “um exemplo a nível nacional”, uma vez que é “uma cidade, e um concelho, que cresceu e se desenvolveu nas últimas décadas e que captou novos habitantes”.
E captou porque “criou as condições necessárias à sua fixação ao nível da qualidade de vida, contrariando mesmo a fatídica desertificação do interior” e, por essa razão, defendeu que deve ser “estimulado o orgulho pelo trabalho feito”.
“É com responsabilidade que hoje vamos sair daqui. Com a responsabilidade de trabalharmos para continuar a merecer essa confiança. Com a responsabilidade de não deixar que diminuam o nosso trabalho, ou que queiram diminuir o orgulho que temos do percurso que, junto, fizemos”, sublinhou.
O presidente da Assembleia Municipal de Viseu, José Mota Faria, destacou as razões pelas quais Fernando Ruas foi condecorado e, nesse sentido, elogiou o “homem e autarca que transformou Viseu numa cidade e concelho de referência”.
“O amor a Viseu, o trabalho de excelência que desenvolveu em prol da população justificou a atribuição da mais elevada condecoração do município de Viseu, o Viriato de Ouro”, defendeu Mota Faria.
“Se Viseu é hoje um concelho de referência a nível nacional, o que seria se os governos centrais cumprissem com as suas obrigações no nosso território nos domínios da rodovia, da ferrovia, da saúde e do ensino superior”, apontou.
Neste sentido, perguntou “quantas empresas se teriam instalado, quantas pessoas se teriam fixado, que resultados teriam na saúde em conforto e qualidade da prestação de cuidados aos doentes, que academia teria” Viseu.
“Devemos continuar a lutar, a reivindicar, a exigir os investimentos estruturantes a que temos direito, no que concerne ao concelho e à necessidade de continuar a melhor a estratégia e as políticas públicas de qualidade”, apelou.