Presidente da Câmara de Viseu exige concurso urgente para a requalificação das Urgências do Hospital

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Almeida Henriques aponta o dedo ao Ministro das Finanças por não ter autorizado em devido tempo o avanço da empreitada

 

O Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, recebeu com preocupação e indignação o anúncio do lançamento de um novo concurso público para as obras de requalificação das Urgências do Hospital de S. Teotónio.

Esta decisão prende-se com o facto de a empresa vencedora do anterior concurso ter recusado assinar o auto de consignação e, assim, iniciar a obra, por ter estado cerca de dois anos à espera da autorização. A mesma decisão terá sido tomada pelas empresas que ficaram nos lugares seguintes, situação que obriga ao lançamento de um novo concurso, com os evidentes atrasos daí decorrentes.

Almeida Henriques recorda que aquando da preparação do atual quadro comunitário de apoio, os autarcas da região entenderam, de forma clara e inequívoca, que uma das prioridades seria a requalificação das Urgências do Hospital de Viseu – unidade de saúde que serve mais de meio milhão de pessoas da região -, tendo para o efeito alocado verbas a este projeto.

“Muito mal andou o Governo em todo este processo, com os avanços e recuos que todos conhecemos. Viseu lamenta o desfecho a que chegámos e exige que o novo concurso público tenha caráter de urgência”, critica o autarca, admitindo, todavia, que não será fácil encurtar prazos.

“Estamos a falar de um concurso público de vários milhões de euros. Depois, estamos em agosto, com os serviços públicos a meio-gás. O que sei é que quem sai prejudicado são os viseenses, porque estes processos demoram sempre muito tempo”, reforça.

O Presidente da Câmara Municipal reconhece os esforços da atual e anterior Administração do Centro Hospitalar, lideradas respetivamente por Cílio Correia e Ermida Rebelo, para que a obra avançasse, e aponta o culpado desta situação: “Tudo isto mostra a total falta de humanidade por parte do Ministro Mário Centeno, que não autorizou no tempo devido esta despesa de investimento, o que levou à degradação das condições de atendimento às pessoas”.