“Obviamente que não é normal” usarem assinaturas de deputados sem autorização

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O  presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje que “obviamente que não é normal” a utilização das assinaturas de deputados sem o conhecimento dos próprios no pedido de fiscalização sucessiva relativo à Casa do Douro.

De acordo com a TSF, foram usadas as assinaturas de vários deputados sociais-democratas no pedido de fiscalização sucessiva referente à nacionalização da Casa do Douro, sem que estes tivessem conhecimento e dado autorização.

“Para quem está de fora, e eu estou de fora porque não sou deputado hoje – já não sou há muitos anos -, obviamente que não é normal, é o que eu posso dizer”, disse Rui Rio em declarações aos jornalistas no final de um contacto com a população no centro da cidade de Lamego, distrito de Viseu.

Questionado sobre se o normal não é pedir primeiro autorização aos deputados antes de utilizar as suas assinaturas, o líder social-democrata respondeu que “até nem seria o ideal, seria o normal”, mas ressalvou que não integra o grupo parlamentar e, por isso, não tem conhecimento de “qual é a prática”.

“Olhando para a situação não é o normal, agora eu não sei se também é prática os deputados confiarem na direção do grupo parlamentar e poderem pôr o nome nalgumas coisas, não sei”, salientou, acrescentando que “a própria direção da bancada já assumiu que não é normal e que não deve voltar a acontecer”.

Aos jornalistas, Rui Rio notou que teve conhecimento deste caso “muito depois” dos jornalistas e através da comunicação social.

“Acabei por saber para aí duas ou três horas depois de [a notícia] ter saído”, afirmou.

“Depois disso já falei com o dr. Fernando Negrão e já estou dentro do assunto. Agora estou dentro do assunto, não estava ontem”, disse.

Classificando a situação como “um incidente desagradável”, o presidente do PSD apontou que “a direção do grupo parlamentar é que naturalmente está a tratar disso” mas disse que “neste momento está resolvido”.

Assim, as assinaturas dos “deputados que não estiverem de acordo” poderão ser substituídas “por outros”, defendeu Rui Rio.