Jorge Coelho alcançou sucesso como empresário e, na política, destacou-se com “inegável êxito”, considera a Câmara Municipal de Viseu que vai propor na próxima reunião do executivo um voto de pesar pela morte do antigo governante.
“O Município de Viseu lamenta profundamente o falecimento, esta quarta-feira, de Jorge Coelho. Ao longo da vida, alcançou o sucesso como empresário e gestor, mas foi na política que se destacou com inegável êxito, tanto no Partido Socialista como em diferentes Governos de Portugal”, refere a autarquia numa nota enviada à agência Lusa.
Segundo o documento, “o seu desaparecimento súbito deixa a região e o país mais pobres”, destacando a naturalidade mangualdense de Jorge Coelho, que “se assumiu como uma figura incontornável na região e no distrito de Viseu”.
“O Município de Viseu informa que, na próxima reunião de Câmara, a realizar-se no dia 15 de abril, levará à aprovação um voto de pesar pela morte de Jorge Coelho”, refere o comunicado da autarquia.
Jorge Coelho, ministro dos governos liderados por António Guterres entre 1995 e 2002, morreu na quarta-feira, segundo fonte do PS, vítima de paragem cardíaca fulminante.
Jorge Coelho foi ministro de três pastas: ministro Adjunto, ministro da Administração Interna e ministro da Presidência e do Equipamento Social.
A partir de 1992, com Guterres na liderança, Jorge Coelho foi secretário nacional para a organização, contribuindo para a vitória eleitoral dos socialistas nas legislativas de outubro de 1995.
Nascido em 17 de julho de 1954, em Mangualde, distrito de Viseu, Jorge Coelho era empresário, mas continuou sempre a acompanhar a atividade política, como comentador de programas como a Quadratura do Círculo, na SIC Notícias e TSF, mas também como cidadão.
Jorge Coelho marcou a atividade política ao demitir-se do cargo de ministro do Equipamento do executivo de António Guterres após a queda da ponte de Entre-os-Rios em 04 de março de 2001, alegando que “a culpa não pode morrer solteira”.