Museu de Lamego apresenta pela primeira vez ao público esculturas restauradas

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Uma exposição que reflete a atividade cultural e artística da Santa Casa da Misericórdia de Lamego ao longo de 500 anos de História é a proposta do Museu de Lamego até ao próximo dia 25 de agosto. Inaugurada no Dia Internacional dos Museus, “Misericórdia de Lamego. 1519-2019” é ainda mais relevante, a partir do momento em que apresenta pela primeira vez ao público duas esculturas do século XVI restauradas no âmbito da multipremiada campanha de mecenato “Conhecer Conservar Valorizar”.

Lançada em fevereiro e pela primeira vez em parceria com uma instituição – a Santa Casa da Misericórdia -, possibilitou em apenas quatro meses a reunião da verba necessária para o restauro das duas esculturas à escala real, representando a “Flagelação de Cristo” e “Ecce Homo”, que pertenceram à primitiva e desaparecida Igreja da Misericórdia de Lamego, constituindo, como assinala a Diretora do Museu de Lamego, “uma conquista para o património de Lamego”.

Apenas com o contributo do público, na maioria anónimos, é agora possível devolver à exposição permanente do Museu de Lamego uma herança comum, que une nesta exposição o Museu de Lamego e a Santa Casa da Misericórdia.

Destruída na sequência do grande incêndio que em 1911 devorou a rua de Almacave, Lamego, diversas obras de arte acabariam por recolher ao museu quando este foi criado em 1917. Estas, a par de outras peças na posse da Santa Casa da Misericórdia, integram a exposição que “reflete a importância da História e da atividade da Santa Casa na área cultural e do culto”, como refere o Provedor Marques Luís.

A primeira instituição com fins assistenciais e caritativos fundada na cidade de Lamego é homenageada nesta exposição temporária, que faz um percurso pela memória artística, recordando o papel ativo da Misericórdia no mecenato e que trouxe até Lamego o laborioso pintor lisboeta Pedro Alexandrino de Carvalho, além da presença do pintor natural de Castelo Bom (Almeida), António Leitão.

Artistas e mecenas foram deixando a sua marca em diversas campanhas de decoração, marcas que o Museu de Lamego evoca em “Misericórdia de Lamego. 1519-2019”. Para visitar até 25 de agosto.